A médica patologista e pediatra Natasha Slhessarenko apontou a necessidade da vacinação contra a Covid-19 para garantia da imunidade de rebanho e lamentou a propagação de fake news em meio à pandemia.
Para ela, é lamentável que em um momento de crise sanitária mundial, em que todas as atenções deveriam estar voltadas ao combate da doença, tenham que existir ações de combate a notícias falsas.
“É importante que as pessoas acreditem na Anvisa, acreditem no Ministério da Saúde, acreditem nas secretarias estaduais e nas municipais. Só vão estar disponíveis vacinas que já tenham essa comprovada eficácia e segurança. Não existe nada disso de colocar chip, de virar jacaré”, disse a patologista ao Jornal da CBN Cuiabá, nesta quinta-feira (04).
Com o aumento de casos de coronavírus em Mato Grosso, que sinalizam a chegada da segunda onda no Estado, a médica reforçou que somente com a imunização do maior contingente possível de pessoas é que será possível diminuir o número de novos contágios, internações e mortes.
Além disso, a especialista também apontou que a descoberta de variantes do vírus tem assustado a população, sobretudo por conta da alta capacidade de transmissibilidade do vírus.
“Agora, o problema é ter mutações que sejam impactantes, como é essa que foi descrita no Reino Unido e depois em São Paulo. Tem a da África do Sul e, por fim, tem essa descrita em Manaus, que também tem essa capacidade de ser mais transmissível”, disse.
A patologista aproveitou para esclarecer que a presença de anticorpos não garante que a pessoa que já se infectou esteja imune ao vírus. Natasha Slhessarenko explicou que a imunização só existe quando há uma resposta no organismo pronta para enfrentar o vírus, o que nem sempre é assegurado pela presença de anticorpos.
Dados recentes da Secretaria de Estado de Saúde apontam que Mato Grosso já registrou mais de 221,8 mil contágios, dos quais em 5.214 casos os infectados não resistiram e morreram por conta do vírus.