Com o retorno das atividades na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), o deputado Wilson Santos (PSDB) antecipou que votará pela derrubada do veto do governador Mauro Mendes (DEM) ao projeto que amplia a isenção da alíquota previdenciária a aposentados que recebem até o teto do INSS, que hoje é de R$ 6,4 mil.
O tucano disse que seu posicionamento se dá por uma questão de “corência”, uma vez que em outras duas ocasiões já adotou postura semelhante.
“Esse assunto cruza minha vida pela terceira vez. Em 2003, eu era deputado federal reeleito e o presidente Lula encaminhou ao Congresso a PEC nº 41/2003. Nunca antes na história do Brasil os inativos haviam pago a contribuição previdenciária e o presidente Lula então encaminhou o projeto e eu em nome do meu partido, o PSDB, fiz a discussão e votei contra a taxação dos aposentados”, relembrou o deputado, durante entrevista ao Jornal da CBN Cuiabá.
“Quando fui prefeito de Cuiabá também não descontei, não permiti o desconto da contribuição previdenciária para aposentados e pensionistas da prefeitura. Agora, é a terceira vez que esse assunto cruza minha vida. Vou manter a coerência e votar pela derrubada do veto”, acrescentou.
Mesmo votando pela derrubada do veto de Mendes, o tucano não deixou de pontuar que a reforma da previdência foi necessária no Estado, uma vez que o déficit anual por conta do pagamento das aposentadorias é alto.
Wilson Santos destacou a “coragem” do governador ao enfrentar a pauta previdenciária, que, anualmente, gerava déficit de R$ 1,3 bilhão ao erário. Com as mudanças, a perda anual cai para R$ 660 milhões.
“Mesmo com a reforma previdenciária, mesmo mantendo o veto do governador ao PLC 36, o governo vai ficar todo mês com R$ 55 milhões de déficit quando o assunto é previdência”, ponderou o parlamentar.