O secretário de Mobilidade Urbana de Cuiabá, Antenor Figueiredo, negou que haja uma “indústria da multa” na Capital e apontou que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar o tema foi formada com viés político. Os apontamentos do gestor foram feitos ao Jornal da CBN Cuiabá, na manhã desta quinta-feira (11).
À reportagem, o secretário apontou que a instalação de radares e semáforos inteligentes em Cuiabá foi uma medida necessária e que a atualização no sistema de mobilidade propiciou uma redução no número de óbitos no trânsito.
“É preciso que tirem essa pecha de indústria da multa. Pensem que a fiscalização eletrônica preserva vidas. Nós estamos colocando aparelhos de tecnologia avançada. Não por nossa conta, mas por conta da resolução do Contran”, apontou Antenor Figueiredo.
O secretário também ressaltou que o número de multas não aumentou com a implantação dos sistemas. Para o gestor, o que aumentou foi a quantidade de infratores e o fato de muitas das taxas serem de casos de reincidência.
“É indústria da vida. Aumentou o número de multas? Não, aumentou o número de infratores. A título de curiosidade, 70% da nossa frota são de pessoas que respeitam as leis de trânsito. Os infratores são 30%, mas pesa a reincidência. Tem pessoas que têm 20, 30 multas, que só vão pagar no ano que vem”, defendeu o secretário.
Ao comentar sobre a CPI instaurada na Câmara Municipal de Cuiabá para investigar a suposta indústria da multa, Figueiredo disse que alguns parlamentares, inclusive, agiram como “caronistas” sobre o tema.
“Para mim, foi um momento político. Aquele famoso caronista, fazer de um limão uma limonada. Eu estava pronto e a nenhum momento me recusei [a dar explicações]. Agora, eu acho que tinha que ser uma CPI certa, não chamar ‘seu João Borracheiro, seu Paulo da Padaria’. No momento que eu vi essa CPI tomar um viés político e prejudicial a nossa gestão eu falei que tinha que parar”, disse o secretário.