O diretor-geral da Empresa Cuiabana de Zeladoria e Serviços Urbanos (Limpurb), Vanderlúcio Rodrigues, afirmou que tudo que foi apresentado pelo governo de Mato Grosso a respeito do BRT até o momento se resume a uma “maquete com ciclovia no meio”.
Ao Jornal da CBN Cuiabá, ele apontou que o embate entre a prefeitura e o governo em torno da discussão dos modais tem sido ocasionado pelo fato de o Executivo municipal querer saber todos os detalhes sobre a mudança antes de se posicionar.
“Foi feita apenas uma reunião de que o BRT é o melhor modal. A única coisa que vimos até agora foi uma maquete, uma ciclovia no meio. A gestão tem que participar. Cuiabá não pode aceitar o que aceitou há oito anos: fazer uma obra sem conhecimento de ninguém”, disse Vanderlúcio.
O debate em torno do modal mais adequado para a Baixada Cuiabana foi reacendido no fim de 2020, quando o governador Mauro Mendes (DEM) suspendeu por definitivo as obras do VLT em prol da implantação do VLT.
Para a prefeitura de Cuiabá, a ação do governo foi unilateral, o que provocou uma reação do Executivo municipal que tem alcançado, inclusive, a esfera jurídica.
O deputado federal Emanuelzinho (PTB) sugeriu plebiscito para que a população possa ser ouvida. A medida é rechaçada pelo Governo.
“O que nós queremos é participar, até para não sermos chamados de omissos. Vai que depois o VLT ou o BRT não vai para a frente, daí não vai ser chamado de omisso. Isso aí temos que saber, porque não pode estar na prefeitura e chega o cidadão de Cuiabá e a prefeitura não sabe responder”, concluiu Vanderlúcio.