O secretário adjunto de Estado de Turismo, Jefferson Moreno, afirmou que o setor hoteleiro em Mato Grosso apresentou redução na taxa de ocupação em virtude da pandemia da Covid-19 e das queimadas no Pantanal em 2020. Ao Jornal da CBN Cuiabá, nesta sexta-feira (19), o gestor apontou que a demanda para a área caiu para o patamar de até 10%.
“Ano passado além da pandemia tivemos as queimadas no Pantanal, um dos principais cartões de entrada do estado. Saímos de uma taxa de ocupação no estado de praticamente 70% no setor de hotelaria para 18%, até 10% dependendo da região”, detalhou o secretário.
Diante deste cenário, Moreno apontou que parte das expectativas do setor foram frustradas, uma vez que se esperava que os números relativos à pandemia em Mato Grosso tivessem registrado queda em 2021. Contudo, com o aumento de novos casos e mortes diárias, turistas estão remarcando a vinda ao estado.
“Tinha muita gente acreditando nesse ano. Tivemos muitas remarcações, principalmente no setor da pesca. O pessoal cancelou ano passado, os turistas de fora do estado, remarcaram para esse ano e já estão cancelando também e marcando para o segundo semestre ou para o ano que vem”, frisou.
O gestor afirmou que a pressão sobre o governo em torno de medidas mais rígidas no combate à pandemia tem sido muito forte, a exemplo da adoção de um lockdown. Porém, de acordo com o secretário, o governador Mauro Mendes (DEM) tem sido “sensível” com a situação econômica, uma vez que um “para tudo” atingiria frontalmente diversos empresários.
“O governador Mauro Mendes e os secretários receberam uma pressão muito grande para ter um lockdown, mas foram muito sensíveis para não ter um total, um parcial aí para a gente não fechar todo mundo, porque já vimos o que aconteceu no ano passado. Se desse um lockdown agora com certeza fecharia muitos hotéis e pousadas”, finalizou o secretário.
