O ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB) vê sinais de “arrogância e falta de humildade” no embate travado entre o governador Mauro Mendes (DEM) e o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB).
Na visão do tucano, especialmente em um momento de pandemia não é plausível que esses dois gestores – mesmo em meio a todo antagonismo político – não encontrem um pouco de coerência e harmonia para desenvolver ações em conjunto.
“Historicamente, quando você analisa a história das grandes guerras, existe o momento da trégua. Dois generais que estão um matando o povo do outro param, se encontram no campo de batalha e dão uma trégua. É preciso humildade aos dois [Mendes e Emanuel]. É preciso discutir algo em comum”, disse Leitão.
“Opositores têm que se reunir nesse momento de crise em prol da vida do povo. Nenhuma verdade pode ser absoluta numa crise como essa. É muita arrogância, muita falta de humildade qualquer um achar que a verdade de um ou outro é absoluta”, emendou o político.
Em entrevista à Rádio CBN Cuiabá, o tucano disse ver desacertos de ambas as partes em meio a grave crise sanitária e econômica enfrentada no Estado.
A situação não é diferente, segundo ele, quando se olha as medidas adotadas em âmbito nacional.
“Se o governo federal não teve rumo com todos os governadores, o governador também não teve um rumo com todos os prefeitos. Então, acho que faltou isso. Um pouco de humildade. Vejo que faltou comandou. Os erros cometidos pela falta de humildade foi uma coisa fantástica e de todos os lados”, disse.
“Quando dava algo errado ficava um atribuindo culpa ao outro. Discutir culpa em morte? Não dá. Faltou, repito, humildade às autoridades, faltou líder. Todos são culpados de alguma forma: povo e poder. Quando falta líder a reina bagunça”.
Sem nominar, o ex-deputado afirmou também que muitos aproveitaram se aproveitaram desse momento de pandemia para se projetar politicamente e fazer oposição desnecessária.
“Alguns quiseram se aproveitar para fazer política em cima do tema, outros aproveitaram para se aparecer, outros para fazer oposição desnecessárias de um tema que já chegamos a 400 mil mortes praticamente”, concluiu.