sábado, 21 de dezembro de 2024
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Mauro descarta represália de Bolsonaro após vacina ser negada: “Seria desserviço gigante”

O governador Mauro Mendes (DEM) negou acreditar que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tenha interferido para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negasse a liberação de uso da Sputnik V. Para o gestor, a ação “seria um desserviço gigante ao país”.

Durante entrega dos cartões de R$ 150 do auxílio Ser Família Emergencial, na manhã desta quinta-feira (29), o gestor disse que não acredita em uma represália do presidente para que os governadores não emplacassem a compra dos imunizantes.

Saiba mais: “Anvisa tem que se explicar”, dispara deputada sobre negativa da Sputnik

O questionamento em torno da suposta represália foi feito após o presidente protagonizar disputas com governadores durante a pandemia da Covid-19, sobretudo quando à compra de imunizantes. Após a negativa da Sputnik, surgiram rumores de que o chefe do Executivo poderia ter articulado uma ação na Anvisa para não liberação do imunizante.

Ao comentar sobre o tema, o governador disse não enxergar essa possibilidade. Para Mauro, com o atual ritmo de vacinação do Plano Nacional de Imunização (PNI), qualquer ajuda para compra de vacinas é bem-vinda.

“Não posso acreditar, que seria um absurdo, seria um desserviço gigante ao país se alguém, seja quem for, jogar contra nós termos mais vacinas aqui em território nacional. O ritmo de vacinação do PNI está lento. Os cronogramas apresentados pelo Ministério da Saúde eles não foram cumpridos, por diversos problemas”, disse Mauro Mendes.

“O que queremos é ajudar. Estamos indo atrás para ajudar. Seria muito tranquilo ficar aqui só criticando ou reclamando. Então, vários governadores estão indo atrás tentando comprar vacinas e ajudar o país, ajudar na retomada da economia e salvar vidas”, reiterou.

O governador assinou contrato de compra de 1,2 milhão de doses da Sputnik V no final de março. Na data, o chefe do Executivo estadual apontou que os imunizantes poderiam chegar ao estado até a segunda quinzena de abril. Contudo, com a negativa da Anvisa, o planejamento foi frustrado e, por hora, o imunizante segue impedido de ser usado no país.

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