O vereador de Cuiabá Tenente-Coronel Paccola (Cidadania) afirmou que a condução da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investigará os remédios vencidos no Centro de Distribuição de Medicamentos (CDMIC) da Capital, terá uma “responsabilidade gigantesca”.
Em entrevista ao Jornal da CBN Cuiabá, na manhã desta segunda-feira (3), o parlamentar disse que a CPI, caso seja conduzida de forma desconexa com a atuação dos demais órgãos de investigação que analisam o caso dos remédios vencidos, tem o potencial de “afundar”, inclusive, os responsáveis pela Comissão Parlamentar.
Além da Comissão na Câmara Municipal, a denúncia dos medicamentos vencidos no CDMIC também se tornou alvo de investigação da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), Ministério Público de Contas (MPC) e Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Posteriormente a votação que garantiu a aprovação da CPI, o vereador licenciado Diego Guimarães (Cidadania) apontou que a Comissão seria uma “manobra”, uma vez que a investigação foi proposta pelo parlamentar Lilo Pinheiro (PDT) – que estaria alinhado à base da gestão Emanuel Pinheiro.
“É uma responsabilidade gigantesca, porque o que for diferente do que está sendo apurado pelos órgãos, na contramão disso, vai realmente chancelar o que algumas pessoas estão dizendo. Eu particularmente estou dizendo prefiro manter o aguardo do resultado, porque só vamos saber se é uma manobra quando tivermos o resultado da CPI”, disse o vereador.
“Os órgãos de controle que estão fazendo vão dar suporte. A CPI tem que sempre estar atenta de como está caminhando para ela não ir na contramão, senão com certeza não só a CPI vai afundar como o presidente, membro e relator que fizer parte dela vão se afundar juntamente se não fizer o caminho que tem que ser feito”, acrescentou o parlamentar.
Paccola disse ainda a expectativa é que a CPI conte com a presença de vereadores da oposição, uma vez que, segundo o regimento internado da Câmara, a composição da Comissão deve levar em consideração as bancadas dentro do Parlamento.
Sendo assim, o partido do qual o tenente-coronel faz parte, o Cidadania, deve indicar uma pessoa para a investigação.