O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), voltou a defender a realização de um plebiscito para que a população possa opinar a respeito do modal a ser implantado na Capital e em Várzea Grande: Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ou Bus Rapid Transit (BRT).
“Não vou aceitar que seja feito nada de goela abaixo sem que a população seja ouvida. Queremos assegurar o que for melhor. Qualquer mudança, qualquer discussão contrária, vale a proposta do deputado federal Emanuelzinho que é a realização do plebiscito”, disse.
O prefeito argumentou que a realização de uma consulta popular está, inclusive, prevista na Constituição Estadual de Mato Grosso. Segundo ele, “causa estranheza” o fato de esta medida não ter sido utilizada.
A proposta de convocar a população às urnas para decidir sobre o melhor modal de transporte para a capital e a cidade vizinha Várzea Grande, foi apresentada pelo deputado Federal Emanuel Pinheiro Neto, Emanuelzinho (PTB), ainda no mês de fevereiro, mas não ganhou força.
Representantes do Governo do Estado, além do próprio governador Mauro Mendes (DEM), chegaram a afirmar que a consulta seria o mesmo que “jogar dinheiro fora”, uma vez que são previstos R$ 16 milhões para a realização do pleito.
“Vamos ser democráticos, vamos ser responsáveis, corretos com a população. Quer mudar? Vamos mudar, mas não sem ouvir a população de Cuiabá e Várzea Grande, ninguém tem essa autoridade e legitimidade. Nem o Estado sozinho, nem Cuiabá sozinha e nem Várzea Grande sozinha. Então vamos ouvir o povo, que é o maior interessado, ele deve dizer se quer VLT ou BRT, e a decisão popular tirada de um plebiscito eu acato”, disse o prefeito.
Troca aprovada
Mesmo com as críticas do prefeito da Capital, o Conselho Deliberativo Metropolitano do Vale do Rio Cuiabá (Codem) aprovou no último dia 12, por maioria, a substituição do VLT pelo BRT.
Foram 13 votos a favor da alteração, quatro contrários e duas ausências.
O conselho reúne representantes dos poderes Executivos, Legislativo e entidades civis dos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Chapada dos Guimarães, Acorizal, Santo Antônio de Leverger e Nossa Senhora do Livramento, que compõem a região metropolitana.
“A escolha pelo BRT foi antes de tudo técnica, embasada por estudos que apontaram diversas vantagens, como maior economia para sua implantação e viabilidade de projeto. Além disso, a mudança desse modal corrige um erro histórico, porque é do conhecimento de todos que o VLT foi escolhido em cima de corrupção”, disse o governador naquela ocasião.