Além de entrar no mês de julho com bandeira tarifária vermelha patamar 2, em razão da seca nas principais bacias hidrográficas, o consumidor brasileiro vai sentir o aumento de 52% no valor da energia elétrica.
Conforme divulgado ontem pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a bandeira vermelha patamar 2 passou de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos.
Para chegar a este valor, a Agência alega custos de geração de energia elétrica decorrentes da conjuntura hidrológica de exceção vivenciada neste momento, o que seria a pior desde 1931.
Já em relação às demais bandeiras, a Diretoria da Aneel deliberou que a amarela custará R$ 1,87 a cada 100 kWh, e a vermelha patamar 1 R$ 3,97 a cada 100 kWh.
O Procon-MT alertou que a atual bandeira deve perdurar até o mês de novembro de 2021, conforme análise de especialistas e da própria Aneel, o que impacta diretamente na vida dos consumidores.
Ao tratar desse anúncio da agência, o engenheiro eletricista e membro do Conselho de Consumidores de Energia Elétrica de Mato Grosso, Teomar Magri deu a seguinte declaração:
“A energia elétrica mais cara gera inflação e encarece toda uma cadeia de consumo. E a conta, como sempre, chega para os consumidores, que já estão fragilizados neste momento de crise sanitária com desemprego alto, perda de renda e inflação. Uma alta na conta de energia neste momento só piora essa situação”.
O Procon Estadual disse ainda que tem reforçado as ações de monitoramento e fiscalização contra abusos e descumprimento da legislação, além de realizar uma avaliação detalhada do sistema que envolve o serviço de fornecimento de energia elétrica em Mato Grosso.