O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, afirmou que uma “guerra comercial” aliada a uma forte “politização” em torno da vacinação no Brasil criou um cenário no qual aumentou o número de pessoas que querem escolher qual imunizante contra a Covid-19 irão tomar.
Ao Jornal da CNB Cuiabá, nesta quinta-feira (22), o secretário defendeu que todas as vacinas atualmente utilizadas no país têm aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que é um órgão de controle internacionalmente reconhecido por sua atuação.
Popularmente conhecido como “sommelier de vacina”, este grupo de pessoas apresenta como critérios para a preferência por determinadas marcas os efeitos colaterais supostamente atribuídos a determinados rótulos de imunizantes.
Conforme noticiado pela reportagem, este tipo de prática tem gerado uma cobertura vacinal contra o novo coronavírus abaixo do esperado em algumas cidades.
Outro fator que também influenciou nesta queda da imunização diz respeito ao fato de que as pessoas imunizadas devem ficar alguns dias sem ingerir bebidas alcoólicas após vacinação.
Questionado sobre a baixa imunização em algumas cidades, o gestor disse que os imunizantes utilizados contra a covid no Brasil têm ampla eficácia comprovada e se mostrou contra a prática de escolha de vacina por parte da população.
“Nós temos 20 vacinas no calendário nacional. Se perguntar em qualquer roda que tiver reunida mais de 5 pessoas qual foi a marca das vacinas que elas tomaram ao longo da vida, elas não sabem que marca foi”, disse Gilberto.
“Agora, na covid, por conta de um grande interesse comercial, uma guerra comercial que existe, e se politizou muito a questão da vacina, ao ponto de as pessoas ficarem escolhendo a marca”, acrescentou.
Apesar da incidência de situações como esta, que geram uma baixa cobertura vacinal, o secretário afirmou que trabalha com a expectativa de que toda população mato-grossense estará vacinada até dezembro deste ano.
Esta projeção, conforme Gilberto Figueiredo, se baseia nas afirmações do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que garantiu a imunização total da população brasileira até o final do ano.