A médica pediatra Natasha Slhessarenko, que tem demonstrado interesse na vida pública, apontou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mantém o discurso em torno do voto impresso como uma “cortina de fumaça”.
Segundo a médica, que é filha da ex-senadora Serys Marli, afirmou que a intenção do chefe de Estado seria utilizar a discussão em torno do voto auditável com uma forma de não falar em “problemas mais importantes”.
Durante o Jornal da CBN Cuiabá, na manhã desta sexta-feira (30), Natasha pontuou que o presidente questiona o atual sistema de voto, via urna eletrônica, sendo que a plataforma foi a mesma que o elegeu.
“O presidente Bolsonaro que questiona se elegeu com essa urna. Acho que isso é uma cortina de fumaça para deixar, de repente, de falar de problemas mais importantes”, apontou a médica.
Ainda durante a entrevista, a médica afirmou que a democracia no Brasil “tenta se firmar” e que afirmações de que sem voto impresso as eleições não devem ocorrer beiram o radicalismo.
“É um cenário muito ruim para a democracia. Somos um país no qual a democracia está tentando sobreviver, tentando se firmar. Então, afirmações como essa de que não vai ter eleições beira as raias do radicalismo. E todo radicalismo não é bom”, argumentou.
Natasha afirmou ainda que tem analisado os diversos convites partidários que tem recebido. Ao jornal, ela apontou que ainda não tem certeza se disputará a próxima eleição, mas afirmou ter uma inclinação a cargos legislativos.