“Quem não deve não teme”, diz deputado ao citar “força contrária” à CPI do Gás

O deputado estadual Gilberto Cattani (PSL) afirmou que há “forças contrárias” atuando para barrar a implantação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Gás, que prevê a investigação dos altos preços do GLP em Mato Grosso.

Para o parlamentar, esse tipo de tensão contrária seria natural, uma vez que se trata de uma CPI. Contudo, ao Jornal da CBN Cuiabá, nesta quinta-feira (2), Cattani afirmou que “quem não deve não teme”.

O apontamento do deputado foi feito após questionamento a respeito da retirada de assinatura de alguns parlamentares no requerimento de implantação da CPI.

Pelo fato de haver 3 comissões em andamento na Casa de Leis, a abertura de uma quarta investigação requer a anuência de dois terços dos deputados, que é o equivalente a 16 assinaturas.

“Acho que é um direito dos deputados, mas acho também que existem muitas forças contrárias. Até porque senão existissem não seria uma CPI”, disse Cattani, que acrescentou que até o momento não foi notificado oficialmente sobre a retirada de assinaturas.

“Quem não deve não teme. Se não tem nada a temer, é porque não deve nada. Agora, se de fato estão lutando contra é porque alguma coisa tem aí”, reiterou.

Cattani também foi questionado sobre o apontamento da deputada Janaina Riva (MDB), que afirmou que mesmo com a implantação da CPI o rito não culminaria em resultados práticos, somente criando expectativa na população.

Ao falar sobre o assunto, o deputado disse que a colega de Parlamento teria feito a afirmação tendo em mente as experiências anteriores. Diante disso, Cattani defendeu que tenha a oportunidade de “fazer diferente”.

“Gostaria muito que me testassem nesse item para que, de fato, tivéssemos um resultado diferente. Nosso país é muito acostumado a acabar as coisas em pizza ou as pessoas se acovardaram no meio do caminho. Não é o nosso caso”, finalizou.