O deputado estadual Valdir Barranco (PT) afirmou acreditar que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) poderá ser preso por suas ações à frente do Palácio Alvorada, que provocaram um “genocídio no Brasil”.
A fala do parlamentar, feita durante o Jornal da CBN Cuiabá desta quarta-feira (22), foi proferida um dia após o discurso do presidente na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas.
No evento, o presidente apresentou uma série de dados distorcidos sobre a realidade brasileira, que foram amplamente contestados por especialistas brasileiros e internacionais.
Um dos pontos abordados pelo presidente foi de que seu governo não apresentou qualquer tipo de esquema de corrupção. Contudo, ao Jornal, o deputado afirmou que Bolsonaro conta com um histórico corrupto desde sua entrada na política.
“Ele fez um discurso ao inverso. Ele inverteu a imagem do Brasil. Foi a maior fake news que eu já vi esse discurso do Bolsonaro. Não é à toa que especialistas em todos os cenários que ele abordou se posicionaram e estão se posicionando contestando os dados que ele apresentou”, afirmou o deputado.
“Bolsonaro é corrupto desde sua gestação política. Só serviu 10 anos no Exército e se aposentou compulsoriamente porque ele se organizou para fazer um manifesto e colocar uma bomba dentro do Exército. Depois, quando ele entra para a política logo cedo, ele inaugurou esse negócio da ‘rachadinha’”, disse Barranco.
Ao emendar as críticas ao presidente, o deputado pontuou ainda que os supostos crimes de Bolsonaro serão cobrados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid em curso no Senado.
Com a finalização da Comissão, o parlamentar espera que um pedido formal de apuração da conduta do presidente será apresentado à Justiça brasileira e, também, à Corte Internacional.
No âmbito do julgamento internacional, Barranco projeta que a Corte de Haia deverá condenar o presidente por crimes contra a humanidade, sobretudo por conta da condução do presidente frente à pandemia da Covid-19 que vitimou centenas de milhares de brasileiros.
“Sabemos que já aconteceu com outros presidentes, como Pinochet por exemplo. Então, o Bolsonaro é questão de tempo. Se não for preso enquanto estiver presidente, vai ser preso depois”, acrescentou.