O analista político Onofre Ribeiro afirmou que o prefeito afastado Emanuel Pinheiro (MDB) faz parte de uma política “compadrista” e de “favorecimento” e, por conta das operações recentes, o emedebista teria um futuro político complicado à frente.
Em entrevista ao Jornal da CBN Cuiabá nesta segunda-feira (1), o analista deu suas considerações sobre o cenário atual da Capital após as sucessivas operações que têm atingido a gestão Pinheiro.
Durante a entrevista, Onofre afirmou que há um tipo de político que estaria morrendo no país. Este modelo, conforme explicou o analista, é baseado em um sistema de conveniências e “compadrismo”.
“A gestão pública hoje não é mais possível fazer igual antigamente. Que me perdoe Emanuel Pinheiro, eu o respeito, mas é um político de um tempo que está acabando”, disse o analista ao ser questionado sobre a atuação de Emanuel.
Onofre apontou ainda que, com o afastamento judicial de 90 dias, Emanuel deverá ficar com a envergadura política arranhada, o que dificultaria seu futuro em uma possível disputa ao governo em 2022.
“Ele vai ficar 90 dias a princípio, mas a Justiça é imprevisível. Se ele ficar 90 dias, as chances dele para o futuro ficam muito reduzidas”, ponderou o analista.
Conforme noticiado pela reportagem, o emedebista foi afastado de suas funções públicas no último dia 19, durante a deflagração da Operação Capistrum, pelo Núcleo de Ações de Competências Originárias (Naco) do Ministério Público.
A operação visava a desarticulação de uma organização criminosa que agiria dentro da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Conforme a investigação, o prefeito usaria a pasta como “canhão político” por meio de contratações temporárias para satisfazer seus interesses junto a vereadores.
Posteriormente, uma segunda decisão judicial impôs um novo afastamento ao prefeito durante o período de 90 dias. Enquanto Emanuel segue sem suas funções públicas, José Roberto Stopa (PV) assumiu o comando do Palácio Alencastro.