O governador Mauro Mendes (DEM) voltou a tecer críticas ao prefeito afastado de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) e o acusou de ter “conspirado” contra a Capital.
As declarações foram dadas um dia após ele se reunir com o prefeito em exercício, José Roberto Stopa, (PV). Esse foi o primeiro encontro dos gestores, desde que Stopa assumiu o comando do Alencastro, em razão do afastamento de Emanuel.
Nesse período de quase um mês de interinidade, Stopa já havia se reunido duas vezes com o vice-governador Otaviano Pivetta – que esteve à frente do Paiaguás no período em que o governador participou da COP 26.
À imprensa, Mendes afirmou ter confiança em Stopa e sinalizou um grande pacote de investimentos para Cuiabá, sobretudo, na área da infraestrutura.
Ele ainda comentou as dificuldades de relacionamento com Emanuel. Para tanto, fez alusão ao embate travado entre os gestores no que diz respeito à implantação do modal de transporte em Cuiabá e Várzea Grande.
Como se sabe, o Estado optou pela implantação do BRT, enquanto que Emanuel chegou a recorrer à Justiça para manter a obra do VLT.
“É lamentável. O prefeito anterior fez muito barulho. Prometeu uma guerra jurídica e levou uma surra jurídica. Todas as tentativas que ele fez só foi para atrapalhar, fazer barulho, conspirar contra a cidade e abraçar aquele que é um dos maiores símbolos da corrupção aqui em Mato Grosso”, disse Mendes.
Questionado se crê em um retorno breve de Emanuel ao comando do Alencastro, o governador preferiu não comentar.
“Não vou entrar no mérito, porque não tenho menor a gerência sobre isso. Meu trabalho é como governador. Isso [questões judiciais] é um problema no Ministério Público Estadual, Federal, da Polícia Federal, e da Justiça Brasileira”, disse.
“Em relação a Cuiabá […] fazer parceria com o município passa, primeiro, pela confiança que você tem que ter com o gestor em entregar dinheiro para ele executar a obra. Eu confio no Stopa de que aquilo que começar não vai parar”, concluiu.
