A Ouvidoria de Arbitragem da CBF admitiu que o árbitro Raphael Claus e o VAR erraram no gol anulado do atacante Jenison, no duelo contra o Bahia, pela 34ª rodada do Brasileirão.
O Dourado empatou sem gols com o Tricolor de Aço, em uma partida com dois tentos auriverdes polemicamente anulados, o que gerou reclamações do clube.
A resposta da entidade foi enviada na tarde desta quinta-feira (25), após a diretoria do Dourado reclamar sobre dois lances capitais da partida que foram anulados pela arbitragem. Em ambos, o time mato-grossense marcou gol.
Depois da anulação do gol por impedimento milimétrico de Felipe Marques, Jenison colocou a bola no fundo das redes, de cabeça, mas o árbitro Raphael Claus assinalou falta do centroavante no lateral do Bahia, Nino Paraíba.
“Realmente, pois em que pese o atacante do Reclamante (Cuiabá) haver posto seu braço esquerdo sobre as costas do defensor oponente, não se percebe a ação de empurrar, ou seja, o movimento dinâmico do braço do atacante contra o corpo do adversário (…) Conquanto não se possa isentar os árbitros da responsabilidade, até porque eles devem estar preparados para as dificuldades da função, são perfeitamente compreensíveis do ponto de vista humano“, diz parte da resposta da CBF.
O documento da Ouvidoria estende a explicação e confirma que o VAR deveria ter chamado o árbitro Raphael Claus para revisar o lance.
“Cabe ao VAR o dever de realizar checagens utilizando todos os recursos disponíveis para ter uma conclusão correta. Assim, porém, as coisas não se passaram (…) Conclusivamente, portanto, houve erro da arbitragem e, principalmente do VAR, pelo motivo exposto”, afirma a CBF em outro trecho da justificativa.
A Ouvidoria também se manifestou sobre o lance do duvidoso impedimento marcado pela arbitragem. O primeiro tento marcado – e anulado – pelo Auriverde saiu dos pés de Rafael Gava.
Ele recebeu de Felipe Marques dentro da área e bateu de primeira para vencer o goleiro Danilo Fernandes. Foi assinalado impedimento milimétrico de Felipe no momento em que a bola saiu dos pés de Max.
A diretoria do Dourado, em nota oficial, alegou que a linha do VAR foi traçada no instante incorreto. A CBF nega a afirmação, levando em conta o protocolo e os últimos ajustes na regra.
Para o órgão “o Reclamante não tem razão, pois o momento considerado para aferir o toque na bola foi, efetivamente, o do primeiro contato do pé do jogador com a bola, como o Reclamante constatará quando tiver acesso ao áudio e vídeo do lance”.
Do Olhar Esportivo