quinta-feira, 21 de novembro de 2024
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CRIANÇA JÁ ESTAVA ROXA

Mãe pula em piscina para salvar bebê de 9 meses que estava se afogando

Quando visualizou a criança na piscina, a mãe pulou e encontrou o bebê já roxo e sem sinais

Rafaela Pinho Soares, mãe do bebê Jhuan Gabriel Soares da Costa, de 9 meses, pulou em uma piscina para salvar o filho que se afogava. O caso foi registrado em Cuiabá, na última quinta-feira (13).

Quando visualizou a criança na piscina, a mãe pulou e encontrou o bebê já roxo e sem sinais. De imediato, junto ao tio do menino, a mulher levou a criança até uma Unidade de Pronto Atendimento no bairro Morada do Ouro.

“Passei um susto com ele. Foi em questão de segundos. Eu coloquei ele no chão, quando olhei pra trás ele não estava mais atrás de mim, eu fui direto na piscina e encontrei ele afogado, já sem movimentos, todo roxo e sem nenhum sinal”, relata a mãe.

“Ele vomitou, chorou. Quando ele chorou bem alto que eu respirei tranquila. Sabia que Deus estava em primeiro lugar e, segundamente, enviou os especialistas para estar ajudando. Só tenho a agradecer aos funcionários da UPA Morada do Ouro por terem salvado a vida do meu filho”, disse.

Elisa Furini, médica do box de emergência da UPA Norte, conta que ao chegar na unidade, Jhuan Gabriel estava desfalecido.

“Ele chegou ao box de emergência flácido, hipoativo, irresponsivo. Conforme a gente estimulava, tinha um gemido muito fraquinho. Nós aspiramos as vias aéreas, fizemos algumas manobras e, conforme o estímulo, ele foi gemendo um pouquinho mais forte”, relatou a profissional.

Segundo ela, Jhuan Gabriel ainda passou por exames de raio-x e tomografia de crânio e tórax para verificar se havia sofrido algo mais grave, o que não se confirmou. No dia seguinte à internação, após reavaliação do pediatra Thiago Braga, a criança recebeu alta médica.

Alerta aos pais e responsáveis

Além de destacar a emoção que foi ajudar a salvar a vida do pequeno Jhuan, a doutora Elisa também faz um alerta para os pais de crianças pequenas quanto aos perigos de afogamento, que aumentam nesse período de verão, em que muitas famílias buscam diversão em piscinas e rios.

“Requer dos adultos uma atenção redobrada. Quando for a algum passeio, não pode deixar vários adultos cuidando, tem que ser uma pessoa responsável porque se tem vários, um acha que o outro está olhando”. Ela também indica que os pais ensinem a criança a nadar desde cedo ou mesmo coloquem em aulas de natação, caso tenham condições.

Em caso de o acidente acontecer e a criança se afogar, a profissional afirma que o primeiro atendimento feito pelos próprios familiares, com uma respiração boca-a-boca, por exemplo, pode ser preponderante para evitar algo pior.  Além disso, segundo Elisa Furini, é preciso buscar ajuda profissional no local correto.

“A mãe do Jhuan primeiro foi no postinho. Não é indicado. O ideal é ir direto para o pronto atendimento, seja HMC ou UPA ou mesmo chamar o SAMU porque, por telefone, o médico do SAMU orienta. Isso é muito importante! E também saber a unidade a qual recorrer porque a unidade básica não tem os recursos necessários. Na UPA, tem os equipamentos, a equipe já tem preparação em urgência e emergência”, explica.

De acordo com a médica, caso o socorro não seja prestado com agilidade e da forma correta, mesmo que sobreviva, a vítima pode ficar com sequelas, devido à falta de oxigenação do cérebro.

“O tempo que sofre acaba comprometendo o sistema nervoso central, fica com algum tipo de limitação. Isso depende do tempo que a criança apresentou resposta, do tipo de reanimação. O organismo está sofrendo falta de oxigênio e o órgão que mais vai sofrer é o cérebro”, afirma.

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