domingo, 22 de dezembro de 2024
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REPRESENTAÇÃO DE DEPUTADO

TCE cita “falhas pontuais” e autoriza homologação de concurso da Segurança

Medida cautelar teve como relator o conselheiro Sério Ricardo

O conselheiro Sérgio Ricardo, do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), autorizou a homologação final do concurso público realizado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT).

O certame foi alvo de uma representação de natureza externa proposta pelo deputado estadual Faissal Calil (PV), em razão de supostas falhas no dia de realização das provas (20 de fevereiro).

A medida cautelar, no entanto, foi indeferida por meio de decisão singular de Sérgio Ricardo.

O conselheiro pontuou que, no último dia 24, a Secretaria de Estado de Segurança Pública já havia determinado a suspensão da homologação final , até que sejam concluídas as investigações conduzidas pelo Ministério Público do Estado (MPE).

“Logo, tal circunstância, resulta na perda do objeto da medida cautelar concedida em regime plantão, pois o referido provimento não terá qualquer eficácia ou utilidade”, argumentou.

O relator ainda sustentou a inexistência da possibilidade de risco ao resultado útil do processo e classificou como “pontuais” os problemas na realização das provas.

“De mais a mais, constato que as irregularidades identificadas nos autos, se referem a problemas pontuais na aplicação do certame, mas sem qualquer comprometimento à segurança ou validade do processo avaliativo, na medida em que não existiu comprovação do vazamento das provas antes, durante ou depois de sua realização”, afirmou.

O Julgamento Singular n° 186/SR/2022 foi publicado no Diário Oficial de Contas (DOC) desta quarta-feira (16).

Concurso e denúncias

O concurso foi realizado no dia 20  de fevereiro e teve como banca realizadora a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Mais de 66 mil pessoas se inscreveram nos sete editais.

Desde a data de realização da prova surgiram várias denúncias envolvendo o processo. Dentre elas: ausência de detectores de metal nos locais de provas, celular vibrando em sala de aula, candidatos que entraram nas salas após o encerramento do horário, além de pessoas que tiraram selfies (autoretrato) ou foto dos cadernos de prova.

Na cidade de Cáceres, quatro pessoas acabaram presas ao serem flagradas tentando fraudar o processo.

A UFMT se manifestou a respeito das denúncias e disse que foram identificados “problemas pontuais na aplicação” das provas.

Conforme a universidade, tais falhas não trouxeram qualquer comprometimento à segurança ou validade do processo.

Também na nota, a organizadora disse que as intercorrências durante a aplicação das provas não fogem a habituais problemas em concursos públicos de grande porte.

Ao todo, mais de 100 denúncias são apuradas pelo MPE.

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