O Projeto Comprova lança nesta quarta-feira (30) em todo o País um programa de educação midiática desenvolvido para adultos, especialmente os maiores de 50 anos, para evitar a desinformação.
O Comprova é uma coalizão liderada pela Associação Brasileira de Jornalismo
Investigativo (Abraji) e formada por 40 veículos de mídia que trabalham colaborativamente
para verificar desinformação, dentre eles a CBN Cuiabá.
Este minicurso por WhatsApp foi criado para ajudar as pessoas nessa faixa etária a distinguir fatos de boatos e a lidar com a desinformação compartilhada nas redes sociais.
O curso é gratuito e qualquer pessoa que tenha uma conta no WhatsApp pode se inscrever.
As inscrições podem ser feitas pelo site do Comprova ou em um único clique acessando este link e a qualquer momento, pelos próximos 12 meses.
A partir da inscrição, e pelos 10 dias seguintes, os participantes receberão vídeos e mensagens de texto pelo aplicativo com instruções e técnicas simples para detectar conteúdos suspeitos e fazer verificações básicas.
Essas lições diárias duram de 5 a 7 minutos.
As aulas são conduzidas pelos jornalistas Lillian Witte Fibe e Boris Casoy, embaixadores do programa no Brasil.
O conteúdo foi produzido em conjunto pelo MediaWise e pelo Projeto Comprova e é distribuído por WhatsApp a partir da plataforma Arist.
Nos Estados Unidos, uma versão do curso foi conduzida por Christiane Amanpour, âncora da CNN Internacional, e Joan Lunden, ex-apresentadora do Good Morning America, da rede ABC.
Com o slogan “Não passe vergonha nos grupos – Aprenda a identificar boatos nas redes”, o minicurso ajudará esse público a entender como funcionam os algoritmos, como detectar golpes e teorias conspiratórias, ensinará a buscar fontes confiáveis e orientará os participantes sobre como falar com amigos e familiares para evitar a disseminação de conteúdos falsos e enganosos.
Desinformação
Para a presidente da Abraji, Natalia Mazotte, a educação midiática se tornou um foco de atuação relevante para a entidade.
“A desinformação é pervasiva e atinge pessoas com diferentes níveis de letramento digital, gerando impactos negativos nas nossas relações e instituições. Estamos animados com a possibilidade de ajudar um público mais amplo a refletir sobre o seu consumo de informação digital”, diz.
Já Alex Mahadevan, gerente do programa MediaWise, pontua que o programa já teve versões em espanhol, inglês e francês.
“Tenho família do Brasil, com laços estreitos com o país. Por isso, essa parte da nossa expansão internacional me agrada muito. Estou entusiasmado por oferecer esse curso gratuito aos brasileiros, porque cidadãos, comunidades e países prosperam quando todos fazem a sua parte para promover a verdade”.