Um levantamento realizado em Cuiabá entre os dias 21 e 25 de fevereiro deste ano, detectou infestações do mosquito Aedes Aegypti em todos os bairros da capital.
O mosquito é transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Ao todo 11.589 imóveis foram inspecionados.
Os bairros com maior quantidade de larvas encontradas foram Parque Nova Esperança 2, Pedra 90, Jardim Gramado, Dom Aquino, Pedregal, Recanto dos Pássaros, Ribeirão do Lipa, Jardim Vitória, 1º De Março, João Bosco Pinheiro.
A pesquisa, denominada Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti (LIRAa), foi feita pela secretaria municipal de Saúde.
Segundo a secretária Suelen Alliend, a quantidade de chuvas aumentou se comparado aos anos anteriores, o que é muito favorável para a proliferação do Aedes aegypti.
“Estamos trabalhando para combater a proliferação do mosquito, com estratégias de controle vetorial e estratificação das áreas de risco”, disse ela.
“A ação principal são as visitas bi mensais, com o objetivo de orientar a comunidade, impedir a reprodução de focos, evitar a formação de novos criadouros e executar o tratamento 100% de caixas d’água como medida complementar às orientações educativas”, ressaltou.
O responsável técnico do setor leste da unidade de vigilância em zoonoses, Daniel Cintra, explica que em Cuiabá, os tipos de recipientes predominantes para situação de infestação são as caixas d’água e lixos residenciais.
“Atuamos em parceria com a Limpurb na limpeza dos bolsões de lixo das praças e o cata-treco. Essa ação ajuda a reduzir os criadouros”, destacou.
Segundo ele, outras atividades são realizadas para evitar a proliferação, como as ações nos pontos estratégicos, que são os locais de grande dispersão do Aedes aegypti, como borracharias, cemitérios, sucatas e armazéns de materiais de construção.
“Os agentes de endemias em campo estimulam a prevenção, a promoção de saúde e a mudança do comportamento dos munícipes. Nosso setor de “educação em saúde” realiza diversas visitas em escolas, órgãos públicos e canteiros de obras levando informações para os trabalhadores que não estão em suas residências durante a visita rotineira do agente de endemias”, enfatiza.
Orientações
Criar uma cultura de prevenção, criar e manter uma rotina para impedir que o Aedes aegypti encontre locais propícios para se proliferar. Manter a limpeza, fechar o que pode ser fechado, retirar recipientes abertos de locais descobertos e verificar caixas d’água.
As ações de prevenção devem ser um hábito que faça parte da rotina ao longo de todo o ano tanto em período chuvoso como no período seco.