Economias locais fortalecidas têm em sua base pessoas com autonomia para atuar, de forma cooperativa, nas tomadas de decisões sobre aquele ambiente econômico. Em uma economia local estruturada, esses atores participam ativamente das estratégias econômicas, favorecendo o desenvolvimento social igualitário e a inclusão financeira.
Um dos objetivos do cooperativismo de crédito é o desenvolvimento de economias locais e melhorar a qualidade de vida dos associados e das comunidades onde está presente. Isso é possível porque nesse modelo de negócios o dinheiro circula na mesma localidade onde foi originado, o que proporciona um crescimento saudável do mercado local, criando novos empregos e favorecendo oportunidades, como o surgimento de pequenas empresas. É o que chamamos de círculo virtuoso.
O Sicredi, primeira instituição financeira cooperativa do Brasil, atua de forma a criar uma cadeia de valor que beneficia o desenvolvimento de economias locais. Com diversas cooperativas espalhadas pelo Brasil, a empresa opera para que o dinheiro aplicado pelos associados permaneça naquela localidade, sendo revertido em crédito a pessoas físicas, empresas e produtores rurais associados da região.
Com essa atuação é possível que todos cresçam juntos! Um estudo recente desenvolvido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) analisou mais de 20 anos de dados sobre cooperativismo de crédito, e mostra aumento do PIB por habitante em 5,6%, além do incremento em 6,2% nas vagas de trabalho formal, e estímulo ao empreendedorismo, com 15,7% a mais de estabelecimentos comerciais.
E o benefício não é apenas local. O crédito cooperativo também é capaz de impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Segundo a análise, a cada R$ 1,00 concedido em crédito, são gerados R$ 2,45 no PIB nacional. E a cada R$ 35,8 mil concedidos em crédito pelas cooperativas, uma nova vaga de emprego é criada no país.
Inclusão financeira para mais pessoas
Em outra pesquisa, o professor Juliano Assunção, do Departamento de Economia da PUC Rio, mostra como as cooperativas levam crédito e outros serviços financeiros para a população de municípios menores, rurais e afastados das capitais.
Enquanto bancos tradicionais buscam em média pelo menos 8 mil habitantes para abrir uma agência, uma cooperativa de crédito tem capacidade de abertura em municípios a partir de 2,3 mil habitantes. E o Sicredi é prova disso: a instituição financeira cooperativa atua nas capitais e nas pequenas comunidades no interior, com agências físicas espalhadas por todos os estados brasileiros, sendo a única instituição financeira em mais de 200 municípios.
De 2006 a 2016, as cooperativas de crédito contribuíram para a criação de 79 mil novas empresas, gerando mais de 278 mil empregos e colocando mais de 48 bilhões de reais na economia do país. Essa inclusão financeira de famílias, pequenos produtores e empresas forma um ciclo virtuoso que fomenta o empreendedorismo local, reduz desigualdades econômicas e aumenta a competitividade e a eficiência no sistema financeiro nacional.
Cooperativismo é aliado da inovação
Como a primeira Instituição Financeira Cooperativa do Brasil, o Sicredi tem a inovação em seu DNA. A cooperativa estimula a inovação aberta (open innovation), fortalecendo o ecossistema de maneira colaborativa, fomentando empreendedores e estreitando laços com startups.
Atualmente, o Sicredi conta com 595 startups conectadas e com 918 colaboradores capacitados em inovação. O programa de inovação aberta funciona de forma recorrente, com desafios lançados conforme necessidade do negócio. São dois programas de conexão com startups:
- Inovar Juntos: um fortalecimento da conexão com startups para solucionar problemas de negócios ou melhorar processos internos;
- Intensive Connection: programa desenvolvido em conjunto com o AgTech Garage para buscar soluções que auxiliem os produtores rurais a melhorarem sua capacidade produtiva.
Tamanha dedicação ao desenvolvimento de inovação aberta colocou o Sicredi como destaque da 100 Open Startups, que seleciona e destaca as empresas com maior abertura para a inovação. O destaque se deu pelas diversas iniciativas implementadas para apoiar o desenvolvimento das regiões onde está presente, despertando o espírito empreendedor e inovador.
Assembleias: acesso ampliado às tomadas de decisões
Um dos meios usados pelo Sicredi para democratizar a tomada de decisões, a prestação de contas e a divulgação do impacto positivo das cooperativas são as Assembleias, que em 2020 reuniram mais de 280 mil associados em eventos presenciais, virtuais ou híbridos. Essas reuniões promovem transparência com relação aos rumos da cooperativa, com análise das contribuições com o desenvolvimento econômico e social da comunidade.
Entre os temas relevantes discutidos nas Assembleias estão a divulgação de informação sobre o desempenho, valores investidos e concedidos em crédito e tomada de decisões, como a distribuição dos resultados e a escolha dos representantes administrativos para o próximo exercício.
Esse acesso às decisões torna a inclusão financeira mais efetiva, aumentando a participação, a proximidade e o envolvimento do associado com a sua cooperativa, permitindo o desenvolvimento de uma economia local ainda mais sustentável.
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