Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Cuiabá afirmou que a Operação Chacal, da Polícia Civil, foi deflagrada após denúncia da própria prefeitura, que denunciou a presença de servidores fantasmas à Delegacia Especializada de Combate à Corrupção.
Conforme o comunicado, divulgado horas após a deflagração da operação, na manhã desta terça-feira (3), a Coordenadora de Gestão de pessoas da SMS identificou três servidores que não possuíam registro no Conselho Federal de Medicina atuando junto à Saúde municipal em junho de 2020.
À época, conforme esclareceu a pasta, os servidores que atuavam como médicos foram exonerados tanto no sistema quanto na folha de pagamento, assim como também foi feita a denúncia.
“Posteriormente, a investigação da SMS identificou outros três servidores na mesma situação e protocolou uma nova denúncia à Delegacia Especializada de Combate à Corrupção, por meio do Ofício 626/2020/GAB/SMS, protocolado em 28/08/2020”, aponta trecho da nota (disponível na íntegra no rodapé).
Operação Chacal
A Polícia Civil deflagrou na manhã desta terça-feira a operação Chacal para investigar servidores fantasmas que estariam contratados e recebendo salários e valores referentes a prêmio saúde destinado à função de médico junto ao Hospital Pronto Socorro de Cuiabá.
Na operação são cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços de funcionários da Secretaria Municipal de Saúde e de pessoas suspeitas de receberem valores do município como se estivessem atuando como médicos junto ao HMC Cuiabá.
A princípio, os suspeitos responderão pelos crimes de peculato, associação criminosa e inserção de dados falsos no sistema.
Nota da SMS
Em relação à investigação da Polícia Judiciária Civil na manhã desta terça-feira (3), a Secretaria Municipal de Saúde-SMS informa:
-Em junho de 2020 a Coordenadoria de Gestão de pessoas da SMS identificou uma suspeita de irregularidade. Foi realizada uma investigação administrativa minuciosa, onde constatou-se que três servidores não possuíam registro perante o Conselho Federal de Medicina;
-Os servidores foram exonerados no sistema da folha de pagamento da SMS e a situação foi denunciada à Delegacia Especializada de Combate à Corrupção por meio do Ofício 590/2020/GAB/SMS, protocolado em 20/08/2020, a pedido do então secretário municipal de Saúde, Luiz Antônio Possas de Carvalho;
-Posteriormente, a investigação da SMS identificou outros três servidores na mesma situação e protocolou uma nova denúncia à Delegacia Especializada de Combate à Corrupção, por meio do Ofício 626/2020/GAB/SMS, protocolado em 28/08/2020.
– A Secretaria Municipal de Saúde informa que mantém-se à disposição das autoridades na apuração de qualquer irregularidade apontada, mantendo a lisura e a responsabilidade na administração pública.