A empresa Patrícia Guimarães, mãe da adolescente Isabele Guimarães Ramos, 14 anos, que foi morta por sua então amiga se manifestou contra a decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso que determinou a soltura da atiradora.
Conforme noticiado pela reportagem, a Terceira Câmara Criminal de Cuiabá decidiu por três votos contra dois que o crime praticado pela atiradora era de natureza culposa e não dolosa. Com a conversão, foi determinada a soltura da adolescente.
Diante da decisão, a mãe de Isabele se pronunciou por meio de uma publicação em sua conta no Instagram. Na rede social, Patrícia Ramos afirmou ser “inconcebível” e “absurda” a decisão.
“Estou indignada, surpresa, aflita… minha filha não foi morta com uma arma de gatilho simples mas uma arma que teve que ser municiada, alimentada e carregada e a atiradora era perita nisso… foi morta sem qualquer chance de defesa!!! Desqualificar esse crime de doloso para culposo é Inconcebível!!! Não vou me calar diante de tamanho ABSURDO!!”, disse.
O crime foi registrado em julho de 2020, no condomínio de luxo Alphaville em Cuiabá. Na data, as menores estavam na mesma casa quando Isabele foi morta com um tiro no rosto pela então amiga.
A atiradora foi condenada pela juíza Cristiane Padim, da 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude de Cuiabá.
A pena imposta foi de até 3 anos de internação, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Na sentença, a magistrada aponta que a adolescente teve intenção de matar Isabele e, por isso, foi condenada por ato infracional análogo ao crime de homicídio doloso.
A adolescente então foi internada no Complexo Pomeri, aqui na Capital, no dia 19 de janeiro do ano passado.