Esta checagem foi produzida por jornalistas do Projeto Comprova.
A CBN Cuiabá integra a iniciativa de combate à desinformação
- É enganosa a postagem que repercute a capa de um jornal impresso irlandês na qual a manchete afirma, de forma equivocada, que doenças cardíacas em crianças têm explodido desde o início da vacinação contra a covid. O conteúdo do impresso atribui ao Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) e ao Escritório Nacional de Estatísticas Britânico supostos dados de mortes e sequelas em crianças pós-imunização. Mas nenhuma das instituições reconhece as informações como verdadeiras. O órgão britânico alerta ainda que o jornal faz uma “interpretação enganosa dos dados”.
Conteúdo investigado: Imagem da capa de um jornal irlandês impresso na qual a manchete traduzida afirma que doenças cardíacas em crianças têm explodido desde a vacinação contra a covid.
Onde foi publicado: Twitter.
Conclusão do Comprova: É enganoso um post no Twitter que reproduz a imagem da capa de um jornal impresso irlandês, na qual a manchete traduzida afirma que “doença cardíaca em crianças explode desde a vacina”. A capa é a 11ª edição do jornal que tem publicado conteúdo antivacina.
A manchete investigada atribui ao Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos e ao Escritório Nacional de Estatísticas Britânico supostos dados sobre mortes e sequelas em crianças pós-vacinação da covid. Contudo, nenhuma das instituições reconhece as informações publicadas no texto como verdadeiras.
Ambas as instituições têm monitorado e divulgado pesquisas e dados sobre o assunto, mas nenhuma delas identificou a disparada de óbitos ou efeitos graves em crianças por conta da vacinação da covid. O órgão britânico alerta, inclusive, que o jornal faz uma “interpretação enganosa dos dados”. Já o centro norte-americano, dentre outras informações, ressalta que as vacinas da covid “estão passando pelo monitoramento de segurança mais intenso da história dos Estados Unidos”.
Enganoso, para o Comprova, é o conteúdo retirado do contexto original e usado em outro de modo que seu significado sofra alterações; que usa dados imprecisos ou que induz a uma interpretação diferente da intenção de seu autor; conteúdo que confunde, com ou sem a intenção deliberada de causar dano.
Alcance da publicação : O Comprova investiga os conteúdos suspeitos de maior alcance nas redes sociais. Até o dia 13 de junho, o post verificado teve mais de 7 mil interações no Twitter.
O que diz o autor da publicação: Entramos em contato com a autora da postagem identificada como Karina Michelin via Instagram e também pela aba de contato do site que consta no perfil dela no Twitter. Mas até a publicação da checagem, não houve retorno.
Como verificamos: Inicialmente, o Comprova procurou o site do jornal irlandês para confirmar a existência do veículo e se a capa que consta na imagem realmente corresponde à publicação original.
A equipe do Comprova também manteve contato, por e-mail, com o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos e o Instituto Nacional de Estatísticas Britânico para conferir a veracidade dos dados divulgados que foram atribuídos às duas instituições.
A reportagem ainda buscou informações junto à Pfizer no Brasil e consultou publicações anteriores do Comprova com verificações sobre a vacina da farmacêutica.
Também ouviu Juarez Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), e Renato Kfouri, presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), sobre os efeitos adversos da vacina em crianças. O mesmo tema foi abordado com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que ainda foi questionada sobre a autorização concedida no país para imunização contra a covid-19.
Jornal irlândes e publicações antivacina
Em tradução livre, o nome do jornal The Irish Light, na qual a foto da capa circula no Twitter, é “A Luz Irlandesa”. O jornal impresso é distribuído de forma independente na Irlanda e publicado, segundo o próprio site, em conjunto com o The Light Paper no Reino Unido. Em maio de 2022, o Comprova também checou uma publicação do jornal inglês que atacava a segurança das vacinas da Pfizer. O conteúdo foi classificado como enganoso. A mesma publicação consta em uma das capas do The Irish Light da Irlanda.
No site, o jornal da Irlanda disponibiliza para consulta as capas de 11 edições. Mas o Comprova verificou que a da publicação sobre a vacinação em crianças (11ª edição), publicada no site (imagem à direita), não é idêntica à imagem que circula no Twitter (imagem à esquerda).
No entanto, a chamada da capa tem teor praticamente igual, com dois pequenos destaques: a capa publicada no site especifica “vacinas da Covid” e menciona “após a vacina”; já aquela que a imagem circula no Twitter consta “vacina” e “desde a vacina”. Além disso, os layouts das capas são distintos. Mas os textos das matérias, nos dois casos, são os mesmos.
Também não constam os textos – em formato digital e por escrito – das edições impressas. Há somente imagens das capas. Das 11 edições publicadas, em seis a chamada e o conteúdo da capa são antivacina.
Órgão norte americano desmente dados
No texto da imagem investigada, cujo título em tradução livre é “Doença cardíaca em crianças explode desde a vacina”, o jornal afirma que “dados oficiais publicados pelo Centro de Controle de Doenças dos EUA revelaram que 106 crianças morreram após a vacinação”. O CDC é um órgão de saúde do governo dos Estados Unidos.
O Comprova consultou o CDC que, por e-mail, informou que “até o momento, o CDC não observou nenhum relato de morte após a vacinação com mRNA Covid-19 em que o curso clínico ou os achados da autópsia fornecem evidências claras de que a morte pode ser atribuída à miocardite associada à vacina mRNA Covid-19”. Logo, o dado utilizado na matéria não procede.
A matéria diz ainda que em “22 de abril de 2022, houve 48.033 reações adversas às injeções de covid-19 em crianças, das quais 12.548 foram consideradas graves, resultando em hospitalização, invalidez permanente ou morte. Infelizmente, 106 crianças perderam a vida”.
Ao ser questionado, o CDC informou que, em 2 de junho de 2022, havia 997 relatórios não verificados registrados no Vaccine Adverse Event Reporting System (VAERS), em tradução livre, “Sistema de Relatório de Eventos Adversos de Vacinas” de casos potenciais de miocardite e pericardite entre pessoas com menos de 18 anos. Destes, 259 estão em análise no momento.
Já outros 647 relatórios foram verificados por meio da confirmação de sintomas e diagnósticos por entrevista com o provedor ou revisão de registros médicos, para atender à definição de caso de trabalho do CDC para miocardite. Assim, as contagens de relatos verificados de miocardite por faixa etária foram as seguintes:
- 5 -11 anos: 21 relatos verificados de miocardite após 18.905.428 doses administradas;
- 12-15 anos: 337 relatos verificados de miocardite após 23.502.803 doses administradas;
- 16-17 anos: 289 relatos verificados de miocardite após 12.796.521 doses administradas;
É importante reiterar que os dados são até o dia 2 de junho. O CDC informa ainda que qualquer pessoa pode consultar os dados sobre Eventos Adversos Selecionados Relatados pós-vacinação covid no site disponibilizado pelo órgão. Outro destaque, segundo o CDC, é que as vacinas contra a covid estão passando pelo monitoramento de segurança mais intenso da história dos Estados Unidos.
A instituição afirma ainda que houve relatos raros de morte para o Sistema de Notificação de Eventos Adversos da Vacina em pessoas que desenvolveram miocardite após a vacinação da covid com mRNA, e o CDC analisa esses relatórios da seguinte forma: tenta fazer o acompanhamento para obter registros médicos ou confirmar informações com profissionais de saúde ou departamentos de saúde.
Escritório Britânico alerta para interpretação enganosa
A matéria investigada também menciona que “o Escritório Britânico de Estatísticas revelou que as crianças têm até 52 vezes mais chances de morrer após a vacina do que aquelas que não a tomaram”. A informação foi repassada pelo Comprova à instituição, via e-mail, bem como o link da publicação. Em resposta, a entidade britânica ressaltou que “essa interpretação dos dados é altamente enganosa”.
O Escritório explicou que “as taxas de mortalidade devem ser interpretadas com cuidado para crianças devido à forma como as crianças em risco foram priorizadas no lançamento da vacina”.
Outro ponto, diz a instituição, é que “relativamente poucas crianças teriam sido vacinadas triplamente no momento do nosso último estudo (o Escritório disponibilizou o link) e algumas dessas categorias de idade têm relativamente poucas mortes, então as taxas variam consideravelmente”.
O Escritório também indicou um artigo publicado pela instituição em março de 2022 sobre vacinação e mortalidade envolvendo jovens. Dentre os pontos principais destacados, constam:
- Atualmente, não há evidências de mudança no número de mortes relacionadas a doenças cardíacas ou mortes ocorridas por qualquer causa após a vacinação contra o coronavírus em jovens de 12 a 29 anos na Inglaterra;
- Mais mortes foram registradas em jovens de 15 a 29 anos na Inglaterra em 2021 do que o número médio registrado em 2015 a 2019; mas, não houve excesso em 2021 para óbitos por doenças do aparelho circulatório;
- Ainda não temos um quadro completo de como a pandemia de coronavírus afetou o número de óbitos entre jovens, porque leva muito tempo para investigar as mortes por causas externas.
Eventos adversos
No texto há também a afirmação que a Pfizer teria divulgado um documento listando mais de nove páginas de mais de 1.200 eventos adversos de interesse especial. Esta informação tem sido motivo de diferentes checagens no Brasil desde 2021. No Comprova, a informação foi esclarecida em uma verificação sobre vacinas da Pfizer de dezembro de 2021 e outra de maio de 2022.
O conteúdo do jornal irlândes não menciona um documento específico.
A verificação do Comprova em 2021 diz que o documento da Pfizer é um pedido de licença biológica enviado à Agência de Medicamentos e Alimentos dos Estados Unidos (FDA, sigla em inglês). Este documento tem 38 páginas, das quais nove (16 a 25) tratam, em tradução livre, sobre a “Revisão de Eventos Adversos de Interesse Especial”, cuja sigla é EAIE, em português, e AESIs, em inglês.
Além disso, da página 30 a 38 há um apêndice com uma lista dos chamados EAIE. Esses eventos são aqueles pré-especificados clinicamente significativos que podem ser causados por uma vacina. Logo, a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que eles devem ser monitorados de perto e, em caso de suspeita, precisam de estudos especiais adicionais.
Na pandemia de covid, a OMS, junto com o Grupo Brighton Collaboration (organização sem fins lucrativos com sede na Suíça que agrega especialistas em segurança de vacinas), estabeleceu uma lista de EAIE recomendados para a vigilância ativa de vacinas da covid. No documento da Pfizer, a empresa afirma que leva em consideração, dentre outras listas, a de EAIE da Brighton Collaboration.
Na prática, a lista Eventos Adversos de Interesse Especial (que consta no documento) é um rol de eventos graves que já ocorrem em outras imunizações; que podem estar atrelados às novas plataformas de vacinas; relacionados à falha da imunogenicidade da vacina (doença intensificada) ou eventos que são potencialmente específicos para populações especiais.
A lista, na qual consta, dentre outros, arritmia, erupção cutânea, convulsões e insuficiência renal, é uma espécie de panorama sobre os diversos tipos de eventos adversos possíveis. Mas não significa que eles foram constatados na análise da Pfizer ou que todos irão ocorrer na vacinação contra covid, mas, sim, que todos são considerados no monitoramento dos registros da imunização.
O Fato ou Fake do G1 também checou essa informação, em maio de 2022, e a classificou como fake news.
Riscos cardiológicos da covid-19 X Vacinação
O presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Renato Kfouri, alerta que pacientes infectados pelo Sars-Cov-2 têm apresentado várias complicações posteriores ao contágio, na chamada covid longa. Adultos com infarto agudo do miocárdio e arritmias, crianças com miocardite (inflamação do músculo cardíaco) e também arritmias são vistos, segundo ele, com alguma frequência.
Em relação ao efeito adverso da vacina, Kfouri afirma que não há risco cardiológico que não seja a miocardite, um evento associado à vacina de RNA mensageiro que, no Brasil, é a tecnologia da Cominarty, produzida pela Pfizer. O risco estimado, aponta o pediatra, é de 30 a 50 casos para cada um milhão de doses aplicadas. A incidência é maior em meninos do que em meninas, e os casos são mais frequentes entre adolescentes do que em crianças.
“Mas o risco da doença covid levar à miocardite é maior que isso. Tanto é que, mesmo conhecendo esse risco atribuído à vacina, o benefício da vacinação, o número de mortes evitadas, de hospitalizações e a própria miocardite evitada é muito superior a esses quadros de miocardite desenvolvidos pós-vacina”, atesta Kfouri, acrescentando que, após a imunização, os poucos quadros registrados foram leves e não houve mortes de crianças relacionadas à vacina.
O pediatra ressalta que a segurança comprovada do imunizante tem garantido a imunização de crianças e adolescentes contra a covid-19 pelo mundo. “Nenhum país retirou a vacinação com a Pfizer”, observa.
O presidente da SBIm, Juarez Cunha, reforça que todos os dados disponíveis atualmente demonstram um impacto muito positivo na utilização das vacinas na faixa etária pediátrica.
“Os dados do Brasil são muito tranquilizadores, tanto para crianças quanto para adolescentes e adultos jovens em relação a eventos adversos mais relacionados a risco cardiológico. A doença covid causa muito mais alterações cardiológicas, inclusive miocardite e pericardite, do que os raríssimos eventos adversos pós vacinais. Todas as agências regulatórias mundiais continuam colocando benefício muito superior das vacinas comparado aos raros eventos adversos, quer dizer, aos raros riscos.”
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em nota da assessoria, acrescenta que, desde o início do uso das vacinas contra a covid-19 no país e, particularmente, da aplicação em crianças, os imunizantes têm sido monitorados com rigor pelo sistema de farmacovigilância que envolve, além da agência, o Ministério da Saúde, empresas, profissionais e serviços de saúde.
“Até o momento, não há alterações no perfil de segurança destas vacinas e não há alterações nas suas indicações para uso nas faixas etárias infantis. A relação benefício-risco mantém-se favorável para todas as vacinas autorizadas pela Anvisa, de acordo com aspectos dos textos de bula de cada imunizante”, ressalta a agência, em sua resposta por e-mail.
Renato Kfouri lembra ainda que a Sociedade de Pediatria, junto ao Departamento de Cardiologia Pediátrica, emitiu uma nota para tranquilizar os pais de crianças com cardiopatias sobre a imunização, informando que não há contraindicações na imunização desse público.
“As crianças com doença crônica do coração têm o risco aumentado de desenvolver complicações da covid. Essas precisam ser vacinadas mais do que crianças que não têm nenhuma doença crônica.”
Vacinação de crianças no Brasil
Atualmente, há duas vacinas autorizadas pela Anvisa para crianças no Brasil: a Cominarty, da Pfizer, com uso indicado para a faixa etária de 5 a 11 anos; e a Coronavac, do Butantan, a partir dos 6 anos.
O Butantan deseja estender o público atendido, incluindo crianças de 3 a 5 anos, e o pedido está em discussão na Anvisa. Na última quarta-feira (8), houve encontro de representantes do instituto, com a agência e especialistas para mais uma etapa da análise.
“É importante destacar que, para a avaliação de vacinas para o público infantil, a Anvisa tem contado com a colaboração de especialistas externos das mais importantes sociedades médicas das áreas de pediatria, infectologia e imunização”, afirma a agência.
Em maio deste ano, o Ministério da Saúde divulgou a conclusão de uma investigação sobre 38 mortes de crianças e adolescentes após a vacinação. Nenhuma delas estava ligada ao imunizante.
Vacina em bebês
O Comprova procurou a Pfizer no Brasil para saber se há pedido de autorização da farmacêutica para vacinar bebês e se a solicitação já foi liberada em algum país.
Até a conclusão desta checagem, a Pfizer não respondeu.
Campanha de desinformação afeta a vacinação
Juarez Cunha analisa que publicação como a irlandesa, reproduzida no conteúdo aqui investigado, causa impacto significativo à saúde pública, não apenas relacionada à prevenção contra a covid-19.
Ele diz que as campanhas de desinformação, que não refletem a realidade e visam apenas abalar a confiança das pessoas nas vacinas, contribuem para o reaparecimento de doenças que já tinham sido eliminadas e para o escape daquelas controladas.
“É o que temos observado no país, em especial neste um ano e meio de uso das vacinas (contra a covid). Os grupos antivacina estão tendo espaço, inclusive em audiências públicas para discutir coberturas vacinais. Esses espaços foram dados, infelizmente, por governantes e pelas nossas instituições como o Ministério da Saúde.”
Juarez Cunha sustenta que, a partir do momento que foi dada voz a esses movimentos contra a imunização, o impacto tem sido negativo em todas as coberturas vacinais, de todas as faixas etárias.
“O risco é de retorno de doenças eliminadas, como foi o caso do sarampo, que retornou por causa de baixas coberturas vacinais. Há um risco importante da pólio (poliomielite), no momento que continua circulando no mundo e as nossas coberturas nos deixam numa vulnerabilidade muito grande; e todas as outras eliminadas, como a rubéola congênita e tétano neonatal; as controladas, como coqueluche e as meningites. Todas as doenças a gente diminuiu muito a incidência com as vacinas e há o risco de elas retornarem agora”, alerta.
Por que investigamos: O Comprova investiga conteúdos suspeitos que viralizaram nas redes sociais sobre a pandemia de covid-19, políticas públicas do governo federal e eleições presidenciais. Mais de dois anos após a decretação da pandemia pela OMS, as campanhas de desinformação persistem, agora com foco maior para as vacinas.
Essa prática é danosa à saúde pública porque, se as pessoas não se imunizam, o controle da covid torna-se mais complexo. Além disso, a desinformação afeta a confiança da população nos imunizantes de maneira geral, contribuindo para o reaparecimento de doenças já eliminadas.
Outras checagens sobre o tema: Desde o início da pandemia, o Comprova rebate conteúdos falsos e enganosos sobre a covid-19 nas redes sociais. Os imunizantes são, atualmente, o alvo preferencial de desinformação e a equipe já demonstrou que um post usa texto que manipula dados para atacar a segurança das vacinas e que outra postagem tira documentos da Pfizer de contexto para enganar que imunidade natural é suficiente para combater a doença.
A autora do conteúdo agora checado já foi investigada anteriormente pelo Comprova, também pela criação de postagens antivacina. A reportagem apontou que vídeo compara erroneamente pesquisadores que estudam covid-19; que é falso que órfãos da Polônia são usados em experimentos de vacina da Pfizer e da Moderna; que para atacar vacinas, post mente ao dizer que OMS apontou dano ao sistema imunológico; e que é impossível que vacinas causem alterações genéticas.