Carlos Alexandre da Silva Nunes foi condenado a 16 anos de prisão pelo assassinato da adolescente Maiana Mariano, 16 anos. O julgamento do caso foi realizado na tarde de quinta-feira (23) e a decisão em torno do crime foi dada uma década após o fato.
O réu já havia sido julgado, mas à época foi absolvido. Contudo, após manifestação do Ministério Público, ele foi novamente denunciado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
A vítima foi morta por asfixia em uma chácara localizada no bairro Altos da Glória, em Cuiabá, em dezembro de 2011. Encerrado o júri, o réu foi encaminhado à prisão.
Além dele, também foram denunciados e condenados pelo mesmo crime Rogério da Silva Amorim e Paulo Ferreira Martins.
De acordo com o promotor de Justiça que a atuou no júri, Vinícius Martins Gahyva, os réus Carlos Alexandre da Silva Nunes e Paulo Ferreira Martins mataram a vítima com emprego de um pano, causando-lhe asfixia. Já Rogério da Silva Amorim, que mantinha relacionamento com a jovem, foi o mandante do crime.
Carlos Alexandre da Silva foi condenado por homicídio qualificado, mediante paga ou promessa de recompensa, com emprego de asfixia e com a utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima.
Consta na denúncia, que o mandante contratou Paulo para cometer o homicídio mediante o pagamento de R$ 5 mil.
Esse, por sua vez, procurou Carlos Alexandre, a quem propôs a parceria na prática do crime com a promessa de repassar a quantia de R$ 2, 5 mil, oportunidade em que recebeu o adiantamento de R$ 1 mil.
“No dia dos fatos, Paulo, Rogério e Carlos Alexandre colocaram o plano homicida em prática. Rogério ficou incumbido de fazer com que a vítima fosse até o local combinado (uma chácara), sob o pretexto de efetuar um pagamento. Assim que a vítima chegou à chácara se deparou com Paulo, o qual anunciou um suposto assalto, a rendeu e a asfixiou, causando-lhe a morte”, diz a sentença, proferida pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira.
Após o crime, segundo o MPMT, os réus Paulo e Carlos Alexandre colocaram o corpo da vítima no assoalho do veículo Fiat Uno, entre os bancos dianteiro e traseiro.
Para esconder o corpo jogaram sobre ele umas peças de roupa e foram ao encontro de Rogério, na sua empresa, a fim de informar que o homicídio estava consumado e receber o restante do pagamento.
“Ainda com o corpo dentro do veículo estacionado na via pública, Paulo falou com Rogério, que se comprometeu em pagá-lo apenas posteriormente, pois naquele momento não seria viável. Feito isso, Paulo e Carlos Alexandre rumaram para o local onde esconderam o corpo da vítima em meio a um matagal. À noite retornaram com as ferramentas necessárias e enterraram o corpo”, acrescentou o MPMT.