A Câmara de Cuiabá votará o pedido de afastamento do vereador Tenente Marcos Paccola (Republicanos) somente após o retorno do recesso parlamentar, no mês de agosto. A decisão foi tomada na manhã desta quinta-feira (14), dia em que o procedimento seria apreciado pela Casa de Leis.
A mudança na data de avaliação do pedido se deu após requerimento do vereador Sargento Vidal (Pros), que solicitou que o procedimento primeiro fosse apreciado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Parlamento municipal.
O requerimento de Vidal foi apresentado minutos antes da votação do pedido, que foi proposto pela vereadora Edna Sampaio (PT).
Ao todo, 14 parlamentares se manifestaram a favor do adiamento contra sete que queriam que a votação fosse realizada nesta quinta-feira.
Conforme noticiado pela reportagem, a votação do pedido era aguardada não somente pela parte propositora da medida, como também por familiares e amigos de profissão do agente morto por Paccola.
Crime e pedido de afastamento
Paccola matou a tiros o agente do socioeducativo Alexandre Miyagawa na noite de primeiro de julho no bairro Quilombo em Cuiabá. Após o assassinato, o vereador foi levado para prestar depoimento e solto logo em seguida.
Em nota, o vereador afirmou que tomou a atitude baseado na possibilidade de risco inerente a situação, na qual o agente supostamente oferecia perigo à sociedade por estar exaltado, com arma em punho e em local aberto.
Na semana seguinte ao assassinato, a vereadora Edna Sampaio protocolou o pedido de afastamento e cassação do vereador, que foi analisado pela Comissão de Ética da Casa.
Paralelamente, o Ministério Público de Mato Grosso impetrou com pedido de prisão contra o vereador, mas a o requerimento foi negado pela Justiça na quarta-feira (13). Nos autos da decisão, contudo, o juiz que avaliou o caso determinou a apreensão de aparelhos celulares do vereador.