domingo, 22 de dezembro de 2024
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"ARGUMENTOS FRÁGEIS"

Chefe do MPE rebate críticas de Bolsonaro às urnas eletrônicas: “desserviço à democracia”

Presidente reiterou acusações de fraudes no processo eletrônico de votação no País ainda que sem apresentar provas

O procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges, classificou como “desserviço à democracia” as críticas feitas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) às urnas eletrônicas.

Na última segunda (18), Bolsonaro convocou embaixadores para uma audiência no Palácio do Alvorada e reiterou acusações de fraudes no processo eletrônico de votação no País ainda que sem apresentar provas.

O presidente também fez ataques aos ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.

O chefe do MPE-MT afirmou que Bolsonaro adota argumentos frágeis para sustentar suas acusações.

“Colocar em dúvida a eficiência, segurança e seriedade do sistema eleitoral às vésperas das eleições para Presidente da República, para governador e cargos proporcionais é um desserviço à democracia”, disse Borges.

“[A postura acaba] gerando um clima artificial de incerteza e desconfiança junto à população com propósitos nada republicanos, utilizando argumentos frágeis e destoantes da realidade que só provocam danos à imagem da democracia brasileira”, emendou.

As alegações constam em uma nota publicada na tarde desta terça-feira (19).

No documento, o procurador diz que que o Ministério Público de Mato Grosso tem total confiança nas urnas eletrônicas utilizadas pela Justiça Eleitoral.

Conforme ele, ao longo de décadas, não houve qualquer incidente que viesse a comprometer os resultados e a livre manifestação do povo brasileiro.

“Ao contrário, as urnas eletrônicas têm se mostrado eficientes, rápidas e seguras, razão pela qual são apontadas como referência por outros países. Contam com mecanismos tecnológicos avançados que as tornam invioláveis e auditáveis”, disse.

Por fim, ele demonstrou solidariedade aqueles que vem sendo alvos de ataques por parte do presidente,

“O Ministério Público de Mato Grosso reafirma sua solidariedade e plena confiança no Tribunal Superior Eleitoral e nos Tribunais Regionais Eleitorais, integrados por ministros, desembargadores, juízes, membros dos Ministérios Públicos Federal e Estaduais e advogados”.

Números em Mato Grosso

Ainda na nota, Borges disse que Mato Grosso tem 57 Zonas Eleitorais instaladas e em funcionamento, nas quais atuam 57 Promotores de Justiça e 57 Juízes eleitorais.

O Tribunal Regional Eleitoral, por seu lado, é integrado por 7 julgadores, dos quais 2 são desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, 2 Juízes de Direito, 1 Juiz Federal e 2 Advogados.

“Tal pluralidade é garantia de eleições livres, democráticas, transparentes e seguras, geridas por pessoas qualificadas e fiscalizadas também pelos partidos políticos, por meio de suas assessorias jurídicas”, concluiu.

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