Focado no protagonismo estudantil, o Programa A União Faz a Vida (PUFV) trabalha diretamente com o desenvolvimento dos princípios da cooperação e cidadania nas escolas. O projeto, elaborado e executado pelo Sicredi em parceria com milhares de instituições de ensino do Brasil, contabiliza o atendimento a mais de 3,7 milhões de alunos nos últimos 26 anos.
Um ponto interessante do projeto diz respeito às pessoas envolvidas na execução da metodologia de ensino, que foi desenvolvida especialmente para o PUFV. Isso porque não apenas os alunos são envolvidos no projeto, mas também os educadores e até mesmo a comunidade. Por meio da metodologia de trabalho, os professores são capacitados a tornar os alunos protagonistas no processo de aprendizagem, pois eles participam das atividades, desde a sua concepção, quando os professores têm a oportunidade de colocar em prática conceitos que antes eram trabalhados apenas de forma teórica no currículo escolar.
Além disso, o público externo às unidades de ensino também é transformado com as ações trabalhadas pelos projetos escolares. Isso sem falar, é claro, do ganho social de crianças e adolescentes mais conectados com suas comunidades e com maior formação cidadã para lidar com os problemas do mundo fora das salas de aula.
Como isso acontece?
A forma como o Programa é conduzido dá base aos resultados positivos alcançados pela iniciativa. A metodologia adotada pela ação coloca os estudantes para conhecerem os potenciais de suas comunidades ao passo que traz clareza sobre os segmentos sociais que precisam de maior atenção nos lugares onde vivem.
Isso tudo é feito por meio das expedições investigativas, que são o contato direto entre os estudantes e suas comunidades. Elaborada para trabalhar os conceitos do Programa, a metodologia faz com que os alunos entendam com maior complexidade as questões que envolvem os territórios nos quais estão inseridos, o que possibilita que se enxerguem como agentes de transformação social.
Essa trajetória de aprendizado começa na proposição de questões orientativas feitas pelos professores sobre a comunidade dos estudantes. Eles escolhem democraticamente um projeto voltado a conhecer melhor um segmento específico de suas cidades. Em seguida, alunos e educadores saem a campo para experimentação do mundo exterior às salas de aula com olhar atento às dinâmicas sociais presentes em seus territórios.
Nessas ações, os alunos conseguem pensar conjuntamente nas melhores soluções para seus territórios, exercitando seus princípios cidadãos, ao passo que vivenciam conhecimentos teóricos e práticos do currículo acadêmico, que norteiam a experiência de aprendizado. Assim, aquilo que os estudantes aprendem em História, Matemática, Português e em outras disciplinas serve como ferramenta para o pleno desenvolvimento dos projetos.
Além da cidadania e da cooperação, outros valores básicos são pilares do Programa. Isso porque a metodologia leva em consideração os princípios da justiça, diálogo, empreendedorismo, solidariedade e o respeito à diversidade.
Cada vez maior
Em 2022, o Programa completa 27 anos de história e transformação social nas comunidades atendidas. Números mais recentes do projeto (referentes a 2021) mostram o tamanho do impacto da iniciativa. Além dos 3,7 milhões de estudantes alcançados pela educação cooperativa, mais de 180 mil professores em mais de 520 municípios brasileiros ajudaram a construir a história do Programa.
Uma das provas desse vultoso crescimento é destacada no Relatório de Sustentabilidade do Sicredi. No documento, é possível observar que mesmo em meio à pandemia da Covid-19, o Programa continuou transformando as comunidades onde está inserido. Isso porque 437.070 alunos e 34.953 professores fizeram parte da iniciativa em todo país no ano de 2021.
Com a estabilidade da pandemia, as atividades são retomadas e a expectativa é que mais estudantes, mais educadores, mais escolas e mais municípios sejam atendidos.
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