sábado, 14 de dezembro de 2024
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CASSADO PELO TSE

Justiça rejeita pedido de Procuradoria e autoriza campanha de Neri

Geller já recebeu pouco mais de R$ 2,7 milhões do diretório nacional do PP

A Justiça Eleitoral manteve a candidatura do deputado federal Neri Geller (PP) ao Senado. A decisão partiu da juíza Clara da Mota Santos Pimenta Alves e foi dada nesta quinta-feira (25).

A magistrada rejeitou pedido de impugnação apresentado pelo Procuradoria Regional Eleitoral, Erich Masson.

Com a decisão, Neri poderá seguir em campanha, inclusive na propaganda eleitoral.

Na última terça-feira (23), o político se tornou inelegível por 8 anos – contados a partir de 2018 – depois de ser cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Depois disso, o MP Eleitoral ajuizou notícia de inelegibilidade contra o deputado, com a intenção de que o registro de sua candidatura fosse indeferido, ou em caso de ser eleito, o diploma fosse cancelado.

Ao rejeitar o pedido do procurador, a juíza destacou que o prosseguimento da campanha é assegurado pela legislação.

“O candidato pode seguir na sua atividade política e de campanha, conforme permitido pela legislação, inclusive fazendo uso de recursos próprios e privados”.

No despacho, a magistrada também rejeitou o pedido da PRE de bloquear os recursos já repassados ao candidato.

Até o momento, Neri Geller já recebeu pouco mais de R$ 2,7 milhões do diretório nacional do PP.

Sem recuo

Em coletiva de imprensa na tarde da última quarta-feira (24), o deputado Neri Geller disse que não recuará da disputa ao Senado na eleição de outubro deste ano.

“Eu não tenho nenhum motivo para recuar, pelo contrário. Se o nosso grupo definir, vamos para cima. E agora diferente, com o chicote na mão”, afirmou.

“Fui cassado nesse caso de forma injusta. Não vou sair pela porta dos fundos, porque não devo uma vírgula. Se acham que vão dar W.O., estão enganados”, emendou.

Na ocasião, ele disse respeitar o Poder Judiciário, mas afirmou que, neste caso, os ministros teriam sido induzidos a erro pelo Ministério Público Federal.

Ele disse que irá recorrer da decisão assim que o acordão do julgamento for publicado pelo TSE.

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