Francisco Antônio Vieira de Alencar foi condenado pelo Tribunal do Júri de Alta Floresta a 22 anos de prisão pela morte da ex-companheira, Ironi Silva de Quadros.
A pena deverá ser cumprida inicialmente no regime fechado e o condenado não poderá recorrer em liberdade.
O Conselho de Sentença reconheceu a autoria do crime e a qualificadora de motivo torpe, em sessão de julgamento que ocorreu nesta semana.
Morta a facadas
Conforme a denúncia do Ministério Público (MPE-MT), o homicídio aconteceu em dezembro de 2007, no bairro Cidade Alta.
“O denunciado, com vontade livre e consciente de matar, desferiu três sucessivos e profundos golpes de faca na vítima, sua ex-companheira, com quem vivera em união estável por aproximados doze anos”, argumentou o MPE.
A vítima teria se separado de Francisco duas semanas antes do crime.
Mesmo após o rompimento, eles mantiveram uma relação harmoniosa. Contudo, pouco antes do crime, o homem passou a procurar incessantemente a ex-companheira, inclusive na casa de amigos e na residência que fora comum ao casal.
Ele chegou a falar para um dos filhos da vítima, Edson Antônio de Quadros, que mataria Ironi.
Ao ouvir a ameaça, Edson “deu um chute na bicicleta do denunciado, o qual caiu no chão, mas, de imediato, levantou-se com uma faca de 15 cm de lâmina em uma das mãos, partindo para cima do jovem e causando-lhe ferimentos”.
Ao tomar conhecimento dos fatos, a vítima foi ao encontro de Francisco, de mãos dadas com o outro filho, de cinco anos de idade. A intenção dela era evitar que o filho mais velho fosse morto.
Ao ver a mãe se aproximando, Edson correu para uma cerca e se apropriou de uma ripa para defender a mãe.
Entretanto, ao ver Ironi se aproximando, Francisco correu em sua direção e imediatamente “desferiu-lhe um profundo golpe com a faca que trazia consigo”.
O homem ainda empurrou a vítima em direção a um muro e a imprensou, golpeando-a novamente. A mulher morreu no local logo após as facadas.