THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO
A Comissão de Ética da Câmara Municipal de Cuiabá vai apresentar nos próximos dias parecer favorável pela cassação do vereador Tenente-Coronel Marcos Paccola (Republicanos).
Paccola é réu por homicídio qualificado pela morte do agente socieducativo Alexandre Miyagawa.
“O relatório está praticamente pronto. Falta só reajustar algumas coisinhas. Vamos entregar nesta semana para o plenário decidir se vai ou não cassar ele” afirmou o relator, vereador Kássio Coelho, nesta terça-feira (20).
O pedido de cassação do parlamentar foi feito pela vereadora Edna Sampaio (PT). Ela chegou a pedir o afastamento imediato de Paccola do cargo, mas foi negado por maioria dos vereadores.
Na semana passada, a defesa do vereador pediu o arquivamento do pedido de cassação, por entender que o Legislativo não tem competência para julgar um caso de suposto crime de homicídio qualificado.
De acordo com Kássio Coelho, após finalizado, o parecer será encaminhado para a Comissão de Constituição Justiça e Redação (CCJR) e, posteriormente, para a presidência da Câmara, para que seja colocado em votação.
“Tão logo chegue nas nossas mãos, nós vamos tomar as providências para que seja feita a votação o mais rápido possível”, adiantou o presidente, vereador Jucá do Guaraná (MDB).
O caso
Paccola interferiu em uma confusão que acontecia em frente a uma distribuidora do Bairro Quilombo, em Cuiabá, no dia 1º de julho.
Na ocasião Myagawa estava de costas, com uma arma na mão, atrás de sua namorada, Janaína Sá.
O vereador chega e atira três vezes contra o agente.
Paccola alegou que passava pelo local e foi informado que Myagawa estava armado e ameaçando a companheira dele. O vereador ainda disse que chegou a dar voz de prisão, mas o agente não teria obedecido.
Ele foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) por homicídio qualificado por recurso que impossibilitou a defesa por parte da vítima e por motivo torpe.