quinta-feira, 19 de setembro de 2024
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ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

Funcionários de multinacional em MT são presos por fraudes em cargas de grãos

GCCO apura se há outras pessoas envolvidas no esquema criminoso

Uma investigação da Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), identificou e prendeu três funcionários de uma multinacional de agronegócio que estavam fraudando a classificação de grãos comprados pela empresa.

Os três foram presos na terça-feira (11), em Lucas do Rio Verde, e autuados em flagrante por estelionato e associação criminosa.

A GCCO instaurou um procedimento para apurar indícios de fraudes identificadas no processo de classificação de grãos na unidade da empresa de agronegócio, em Lucas do Rio Verde.

Conforme a apuração, classificadores, contratados de forma terceirizada, estavam trocando amostras de grãos e durante a classificação não eram observadas as normas técnicas da empresa.

Na sede da multinacional, os policiais civis conseguiram apurar o modo como três classificadores agiam e toda a ação foi registrada por câmeras de segurança.

As cargas que tiveram a classificação fraudada saíram de uma empresa em Sorriso. Na terça-feira, a equipe da GCCO acompanhou o processo de classificação de grãos em tempo real e constatou a fraude.

O trio foi abordado e os caminhões de grãos que passaram pelo processo classificatório conduzido pelos suspeitos foram novamente enviados para uma nova classificação realizada por uma empresa certificadora, que confirmou a fraude.

Um dos funcionários disse receber até R$ 800 por carregamento e repassava parte dos valores aos demais integrantes do esquema criminoso.

Um dos suspeitos disse que o esquema era coordenado pelo colega, de 46 anos, que também foi preso.

Todos os caminhões tiveram amostras analisadas para avaliar percentuais de impureza, fermentação, avarias e umidade e apresentaram diferenças entre os valores detectados na empresa de origem e na empresa de destinação, em Lucas do Rio Verde.

Um dos exemplos das amostras avaliadas foi a classificação de umidade, que em um caminhão deu percentual de 10,10%. Na nova avaliação, feita pela empresa certificadora e acompanhada por um perito nomeado, o percentual saltou para 13,50%.

Outra amostra, de grãos fermentados, quando o caminhão chegou à empresa o percentual foi de 16,30%, enquanto que na nova avaliação esse número passou para 38,60%.

Os três funcionários foram encaminhados à Delegacia da Polícia Civil em Lucas do Rio Verde, onde foram autuados e presos em flagrante. A ação investigativa contou com apoio da delegacia do município.

A investigação da GCCO prossegue para identificar se há outras pessoas envolvidas no esquema criminoso.

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