O Tribunal do Júri de Várzea Grande condenou Alan Patrik Schuller e Wesdra Victor Galvão de Souza pelo homicídio qualificado do policial militar Roberto Rodrigues de Souza, em julho do ano passado.
A vítima foi espancada até a morte em uma loja de conveniência, em Várzea Grande.
As penas aplicadas aos réus foram de 13 anos de reclusão para Alan, por ser reincidente, e de 12 anos para Wesdra, em regime fechado.
Eles permanecem presos e não poderão recorrer da decisão em liberdade.
O Conselho de Sentença acolheu a tese do Ministério Público de Mato Grosso e reconheceu que o crime foi cometido com crueldade.
O policial foi assassinado com “diversos golpes (socos, pontapés e cadeirada) na cabeça”, desferidos pelos réus, causando-lhe traumatismo craniano.
Conforme a denúncia, a vítima parou no local do crime para utilizar o banheiro.
Alan Patrik estava no único banheiro masculino da conveniência e, quando saiu, Roberto entrou, passando a utilizar o vaso sanitário com a porta aberta, de frente para o banheiro feminino onde estava Fernanda, companheira de Alan.
Os dois homens então iniciaram uma discussão que evoluiu para luta corporal, ocasião em que Alan dominou o policial e começou a agredi-lo, com a ajuda de Wesdra.
Ambos desferiram mais de 20 golpes na vítima, sobretudo na cabeça, deixando-a desacordada e fugindo em seguida.
“Toda a empreitada criminosa no local do delito foi captada pelas câmeras de segurança do empreendimento comercial, as quais foram amplamente divulgadas na imprensa e nas redes sociais, e revelam cenas de brutalidade e selvageria, posto que mesmo após a vítima já estar completamente desfalecida, os denunciados continuaram a espancá-la, demonstrando, no mínimo, que assumiram o risco de matá-la”, consta na denúncia.