sexta-feira, 18 de outubro de 2024
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CHAMOU DE "ASSASSINA"

Mãe de Isabele sai em defesa de empresária: “Compartilha comigo a dor de ter uma filha morta”

O caso ocorreu no domingo (27), no Belsivo Face & Hair

THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO 

A empresária Patrícia Ramos, mãe de Isabele Ramos, morta com um tiro disparado pela própria amiga, saiu em defesa da mulher que chamou a atiradora de “assassina” dentro de um salão de beleza, em Cuiabá.

O caso ocorreu no domingo (27), no Belsivo Face & Hair.

A mãe da acusada registrou um boletim de ocorrência contra mulher, que também é empresária e foi identificada pelas iniciais C.N.R.S, pelo crime de calúnia, injúria, perseguição e perturbação.

“O que vejo nesta situação é uma mãe, que como muitas, se colocaram no meu lugar e que compartilham comigo a dor de ter uma filha morta covardemente por sua suposta amiga dentro da casa de uma família cujo armas eram itens de decoração”, disse Patrícia à CBN Cuiabá nesta terça-feira (29).

Para ela, a mulher “agiu e falou no momento de forte emoção causados pelo impacto do sentimento de frustração e de perda daquilo que jamais será recuperado, que é a vida da Isabele”.

“Sinceramente não deve mesmo ser fácil se deparar com uma cena em que a garota que tirou a vida de outro ser humano, segue tranquilamente fazendo o seu cabelo cercada de um monte de cabeleireiros num salão chique da cidade”, acrescentou Patrícia.

O caso

A situação foi gravada pela própria menor e divulgada pelo advogado da família.

Ela estava no local com a mãe, fato que desagradou C.N.R.S.

“Eu sei que sua filha é uma assassina. Matou a amiga. É isso que ela é”, disse a empresária.

O vídeo ainda mostra a mãe da adolescente e um funcionário do salão tentando retirar a mulher do mesmo espaço em que as duas estavam, mas ela se recusa.

“Eu quero mostrar onde ela está frequentando. A Isabele era minha filha também. Eu não quero frequentar o mesmo lugar que uma assassina frequenta. É ela que tem que se retirar”, falou.

Morte de Isabele

Isabele Ramos, então com 14 anos, morreu com um tiro no rosto dentro de um banheiro na casa da amiga, no Condomínio Alphaville, em Cuiabá.

O crime aconteceu quando o pai da atiradora, o empresário Marcelo Cestari, pediu que a filha guardasse uma arma que foi trazida pelo genro, de 17 anos, no quarto principal no andar de cima.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), no caminho, porém, a garota desviou e seguiu em direção ao banheiro de seu quarto, ainda carregando a arma. Lá, conforme a denúncia, ela encontrou Isabele, que acabou sendo atingida pelo disparo da arma.

A Politec apontou que a adolescente estava com a arma apontada para o rosto da vítima, entre 20 a 30 centímetros de distância, e a 1,44 m de altura.

A adolescente foi condenada a 3 anos de internação por ato infracional análogo ao crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar.

Ela ficou internada no Complexo Pomeri, em Cuiabá, por um ano.

Os pais da atiradora respondem um processo separado pelo caso.

Eles foram denunciados pelo Ministério Público Estadual por homicídio culposo, entrega de arma de fogo a pessoa menor, fraude processual e corrupção de menores.

O ex-namorado dela foi condenado a prestar seis meses de serviços comunitários por ato infracional análogo ao porte ilegal de arma de fogo.

 

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