quinta-feira, 12 de dezembro de 2024
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DESVIO DE DROGAS EM MT

Investigadores, faxineira e filha estão entre alvos de operação

Após a troca, segundo as investigações, a droga era comercializada

THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO 

A faxineira da Delegacia Municipal de Cáceres, Maria Lúcia da Silva, e a filha dela, Ariane da Silva Almeida, estão entre os alvos da Operação Efialtes, deflagrada nesta quarta-feira (7), pela Corregedoria da Polícia Civil.

Além delas, também foram alvos cinco investigadores Delegacia Municipal da cidade e da Delegacia Especializada da Fronteira (Defron, também localizada em Cáceres.

São eles: Antonio Mamedes Pinto de Miranda, Ariovaldo Marques de Aguiar, Sérgio Amancio da Cruz, Luismar Castrillonn Ramos e Paulo Sérgio Alonso.

Luismar já estava preso desde agosto, em outra operação realizada pela Corregedoria

Já Mamede, que é suplente de vereador por Cáceres, está foragido.

Durante a ação em Cáceres, também foram apreendidos R$ 131 mil em espécie. Além de Mato Grosso, a operação também é realizada em Rondônia, Piauí, Maranhão, Tocantins e Goiás.

A operação visa desmantelar um esquema de violação de lacres e troca de material entorpecente apreendido por areia, gesso e outros materiais. Após a troca, segundo as investigações, a droga era comercializada.

No total, 102 mandados foram expedidos pela Justiça, sendo 39 de prisão preventiva, 59 de buscas e apreensões, quatro de suspensão de atividades econômicas de empresas utilizadas para realizar a lavagem de dinheiro, além do bloqueio de R$ 25 milhões, sequestro de 14 veículos e quatro imóveis.

Nas investigações foram identificados três grupos envolvidos no esquema: o primeiro dos policiais e de seus auxiliares, para a substituição e subtração das drogas apreendidas; segundo dos traficantes compradores e responsáveis pelos transportes e o terceiro o dos responsáveis pela lavagem de dinheiro, seja pelas empresas ou por laranjas.

O fato foi constatado no dia 19 de abril de 2022, durante uma incineração de drogas realizada pela Defron (Delegacia Especializada da Fronteira), em Cáceres. Durante a solenidade, foi constatada a troca da droga por outros produtos.

Foi então determinada a investigação na Defron e na Delegacia Municipal de Cáceres, onde eram armazenadas as drogas apreendidas.

Conforme a Polícia Civil,  o grupo atuava pelo menos desde 2015 nesse esquema, tendo substituído cerca de 1 tonelada de drogas.

Ainda segundo a Polícia Civil, em um ano, o grupo criminoso, através de empresas e pessoas físicas, conseguiu lavar cerca de R$ 100 milhões da venda dessas drogas furtadas dos armazéns.

Os entorpecentes eram enviados para Uberlândia (MG), na conhecida como ‘rota caipira’ e para o Nordeste (Maranhão e Piauí), sendo utilizadas empresas para lavar o dinheiro nos estados de Tocantins (Palmas/Nova Rosalândia) e de Mato Grosso (Mirassol d’Oeste e Cáceres).

 

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