Lula não deu nenhum sinal, até o momento, de que pretende trocar o comando do Exército, hoje a cargo do general Júlio Cesar de Arruda. Não que o presidente esteja satisfeito com o militar. Muito pelo contrário.
Ocorre que uma troca agora, com menos de um mês de governo, poderia ampliar ainda mais a distância entre o Planalto e as Forças Armadas.
Apesar da pressão de petistas pela exoneração do comandante do Exército, há um entendimento no entorno de Lula de que este não é o momento.
Um outro problema, de ordem prática, também ocorreria com a saída de Arruda, visto por petistas como bolsonarista.
Segundo o entorno de Lula, não há no Exército nenhum general estrelado que seja considerado, hoje, alinhado ao governo.
Ou seja: a saída do atual comandante abriria uma lacuna para a qual ainda não há um nome para preenchê-la.