quinta-feira, 7 de novembro de 2024
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CAOS NA SAÚDE

Vereador cita rombo de R$ 200 milhões e protocola novo pedido para cassar Emanuel

Para ser instalada a comissão, são necessários 13 votos em plenário

O vereador Dilemário Alencar (Podemos) protocolou na manhã desta segunda-feira (6), um novo pedido de instauração de comissão processante que pode levar à cassação do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

O parlamentar apontou o cometimento de infrações político-administrativas e justificou o pedido com base relatórios elaborados à época da intervenção do Estado na Saúde pública da Capital.

O pedido de Dilemário deve ser levado a plenário e, para ser instalada a comissão, são necessários 13 votos.

Se aprovada a abertura, inicia-se um processo de apuração que, ao final, pode resultar na cassação do mandato.

Rombo na Saúde

Conforme Dilemário, o então interventor Hugo Felipe Lima e o Ministério Público Estadual (MPE) apresentaram provas de malversação de recursos públicos, a exemplo de um rombo de R$ 390 milhões na Saúde do Município.

Em documento com mais de 1,5 mil páginas, Dilemário detalha o rombo de R$ 229,4 milhões na Secretaria Municipal de Saúde e mais R$ 160 milhões na Empresa de Cuiabana de Saúde Pública.

“No pedido anexei diversas denúncias graves de corrupção explícita com os recursos da prefeitura de Cuiabá. É preciso que a Câmara instale uma comissão processante, principalmente depois que o prefeito, na semana passada, através da Procuradoria Geral do Município, confessou ao desembargador Orlando Perri de que na saúde de Cuiabá existe um rombo em dívidas de R$ 200 milhões, e não de R$ 390 milhões com denunciou o ex-interventor”, disse.

“Sem dúvidas isso é um motivo grave para a Câmara cassar o mandato dele”, emendou o vereador.

Dilemário também citou um suposto endividamento da Prefeitura de Cuiabá.

“O próprio prefeito já confessou que só na saúde existem dívidas de mais de R$ 200 milhões. Imagina as demais secretarias. Informações apontam que, ao todo, a Prefeitura de Cuiabá está devendo mais de R$ 700 milhões para fornecedores e outros segmentos”, afirmou.

Por fim, o vereador apontou um passivo trabalhista da Empresa Cuiabana de Saúde Pública estimado em R$ 72,2 milhões, além de parcelas de empréstimos consignados descontadas nos salários dos servidores e que não estariam sendo repassadas pela prefeitura aos bancos.

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