THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO
O ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do Superior Tribunal de Justiça (STJ),
negou habeas corpus que pedia a soltura do ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues.
A decisão foi dada na quarta-feira (22), durante o plantão de Carnaval.
Célio foi preso no último dia 9 na Operação Hypnos, deflagrada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), da Polícia Civil.
Ele é acusado de ter desviado mais de R$ 1 milhão por meio da compra de medicamentos que, segundo a Polícia Civil, jamais deram entrada no estoque da Empresa Cuiabana de Saúde Pública no ano de 2021.
O esquema teria sido articulado por meio da contratação da empresa Remocenter Serviços Médicos, que segundo a Polícia Civil, é fantasma e tem “laranjas” como sócios administradores.
O ministro afirmou em sua decisão que o pedido de habeas corpus não deve ser analisado pelo STJ, sobretudo em regime de plantão.
“No caso, trata-se de decisão de primeiro grau de jurisdição mantida em sede de liminar em habeas corpus pelo Tribunal de Justiça estadual, de modo que não é matéria típica de exame em regime emergencial, devendo ser examinado no primeiro dia útil”, decidiu.
A operação
Além da prisão de Célio Rodrigues, cinco pessoas foram alvos de mandados de busca e apreensão domiciliar, sendo eles: Eduardo Pereira Vasconcelos, Nadir Ferreira Soares Camargo da Silva, Mônica Cristina Miranda dos Santos, Maurício Miranda de Mello e João Bosco da Silva.
Também houve dois afastamentos cautelares de exercício da função pública contra Nadir Ferreira Soares Camargo da Silva e Eduardo Pereira Vasconcelos.
E o sequestro de bens móveis, imóveis e de valores nas contas da empresa Remocenter, do ex-secretário de Saúde e de Vasconcelos.
Durante a ação, a Polícia Civil ainda apreendeu R$ 30,9 mil em dinheiro na residência de Célio Rodrigues.