quarta-feira, 18 de dezembro de 2024
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GASTOU EM APOSTAS

Polícia prende ex-diretor por desvio de R$ 250 mil de escola em MT

Ele se apresentou na Delegacia de Peixoto de Azevedo nesta terça-feira (28)

A Polícia Civil de Mato Grosso prendeu o ex-diretor de uma escola pública estadual, do município de Nova Guarita, investigado pelo crime de peculato e desvio de verbas da unidade escolar.

Ele estava com mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça e se apresentou na Delegacia de Peixoto de Azevedo na terça-feira (28).

Além da prisão, D.F.H., de 34 anos, teve as contas bancárias bloqueadas.

De acordo com o delegado José Getúlio Daniel, o ex-diretor desviou e se apropriou, de valores que somam, aproximadamente, R$ 251.330,00, por meio de cheques.

Alguns ele depositou em contas de pessoas conhecidas, algumas delas professores da Escola 13 de Maio, usadas como ‘laranjas’.

O ex-diretor também fez saques diretos na agência bancária e a compensação de um cheque de R$ 3,5 mil em um mercado de Nova Guarita.

Entre julho e agosto do ano passado, ele usou cheques em três ocasiões diferentes para o pagamento de apostas em uma lotérica de Terra Nova do Norte, totalizando R$ 11.030,00.

Em outra situação criminosa, ele entregou um cheque no valor de R$ 20.380,00 a um terceiro para, supostamente, realizar o pagamento de um serviço de R$ 380,00, e recebeu de volta R$ 13 mil.

As investigações

As investigações contra o ex-diretor tiveram início em novembro de 2022, quando representantes do Conselho Deliberativo da Escola Estadual 13 de Maio registraram boletim de ocorrência contra D.F.H, na Delegacia de Terra Nova do Norte.

O investigado assumiu a direção escolar em 2019 e a escola era considerada uma das melhores da região, apresentando estrutura, ensino e manutenção predial em ótimas condições. Ele ficou na função de diretor até meados de 2022, quando foi afastado administrativamente.

O Conselho Deliberativo declarou à Polícia Civil que o ex-diretor havia solicitado que fossem assinados cheques em branco, sob o argumento que facilitaria o pagamento das despesas escolares.

Contudo, conselheiras perceberam que o investigado não realizou os investimentos e a manutenção prevista na escola nos anos de 2021 e 2022, sendo que a unidade chegou ao ponto de ser interditada em meados de 2022 por risco de desabamento.

A investigação apurou, ainda, que o ex-diretor não apresentou à Direção Regional de Educação a prestação de contas do ano letivo de 2021, o que apontou indícios de que ele estava praticando condutas ilícitas nas contas da escola.

A Polícia Civil requereu ao banco em que a escola possuía conta um relatório de dados dos cheques administrativos utilizados para empenho nos pagamentos da instituição de ensino.

“Esses valores que pertencem ao erário deveriam ter sido utilizados para compra de materiais, benfeitorias e fornecimento de merenda escolar a mais de 400 crianças e adolescentes da Escola Estadual 13 de Maio”, pontuou o delegado.

 

 

 

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