O governador Mauro Mendes (União Brasil) classificou como “pauta vencida” as discussões em torno do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá e Várzea Grande, tendo em vista que as obras do Bus Rapid Transport (BRT) já estão em execução.
A mudança de modal foi abordada em uma reportagem exibida pelo Jornal Nacional na noite de segunda-feira (7).
Na ocasião, o coordenador de Mobilidade Urbana do Instituto Nacional de Defesa do Consumidor, Rafael Calabria, disse que a troca é um “retrocesso”.
Em conversa com a imprensa na manhã desta terça (7), Mendes rebateu as alegações: “Um estudioso que nunca veio a Mato Grosso, nem conhece aqui e fica dando palpite. Palpite pode ser dado, mas a decisão já foi tomada e fundamentada em estudo técnico. Já falamos isso 200 vezes”, disse Mendes.
“Isso é pauta vencida. A obra já iniciou e o contrato está assinado. A construtora com certeza tem o direito de ficar esperneando porque ela terá que devolver mais de R$ 1 bilhão para o Estado”, emendou Mendes.
Ele recordou, ainda, que o projeto inicial previsto ainda para a Copa de 2014 no Brasil era a implantação do BRT e que a mudança ocorreu após acerto envolvendo pagamento de propina.
Os fatos foram, inclusive, delatados pelo ex-governador Silval Barbosa.
Questionado sobre uma possível “batalha” travada pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), para barrar o BRT, Mendes respondeu:
“Este é um problema da Justiça e do TCE. O Tribunal de Contas deu uma decisão e o prefeito ‘ligou o F’, ‘cagou e andou’ para o Tribunal de Contas. Ontem saiu uma decisão da Justiça. Vamos ver se ele vai agir da mesma forma”, concluiu.
A declaração faz menção à decisão do juiz Márcio Aparecido Guedes, da 2ª Vara Especializada da Fazenda Pública.
O magistrado deu cinco dias para que o prefeito analise os documentos referentes ao processo de implantação do BRT e autorize o início das obras do modal na Capital.