quinta-feira, 21 de novembro de 2024
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A PEDIDO DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Justiça solta adolescente acusada de matar enteado de 4 anos em MT

O crime ocorreu  na última sexta-feira (24), na zona rural de Nova Ubiratã

THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO

O juiz Ramon Fagundes Botelho, titular da 3ª Vara Cível de Lucas do Rio Verde, determinou a soltura da adolescente de 14 anos acusada de matar o enteado de apenas 4.

O crime ocorreu na última sexta-feira (24), na zona rural de Nova Ubiratã (a 478 km de Cuiabá).

A decisão foi tomada durante o plantão do final de semana e atendeu uma representação do Ministério Público Estadual (MPE).

O MPE considerou que não havia provas convincentes de que ela foi a autora do fato, já que em seu depoimento a adolescente apresentou versões contraditórias do crime e não conseguiu explicar ocorrido.

Além disso, o pai da vítima, que o Ministério Público considera como testemunha chave, não foi ouvido pela Polícia Civil.

Ainda segundo o MPE,  há suspeitas de prática de violência doméstica e estupro de vulnerável pelo pai da vítima em face da adolescente apreendida.

De acordo com a Polícia Civil, as investigações seguem em andamento, mas sob sigilo.

O crime

A criança foi atingida por dois golpes de faca – um do lado esquerdo do peito, acima do coração, e o outro no braço esquerdo.

O menino foi a óbito dentro de uma ambulância, quando estava sendo socorrida para uma unidade de saúde em Nova Ubiratã.

Conforme relato da avó do menino, que o acompanhava, a equipe ainda tentou manobra de ressuscitação, mas a criança não resistiu aos ferimentos.

A madrasta da criança foi apreendida durante as diligências e confessou o crime, dizendo que matou a criança porque a vítima seria muito “arteira”.

Antes de admitir o crime, ela deu informações contraditórias durante depoimento e apresentou duas versões à polícia, a primeira de que um homem tentou cometer violência sexual contra ela e matou a criança; depois ela disse que a criança teria cometido suicídio.

A adolescente foi autuada em flagrante por ato infracional análogo ao crime de homicídio na Delegacia da Polícia Civil de Nova Ubiratã.

Outras pessoas ainda serão ouvidas na Delegacia de Nova Ubiratã, entre elas o pai da criança.

“A investigação não pode ser guiada apenas pelo depoimento da adolescente. Por isso, a Polícia Civil está fazendo diligências para apurar todos os fatos, como ocorreram, enfim, a dinâmica do crime que vitimou essa criança para chegar ao completo esclarecimento do homicídio”, destacou o delegado responsável pela investigação, Bruno França.

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