THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO
O governador Mauro Mendes (União) classificou como “ação terrorista” os ataques criminosos na cidade de Confresa, na tarde deste domingo (9), e afirmou que pediu ajuda do ministro da Justiça, Flávio Dino, para capturar os bandidos.
O grupo criminoso invadiu a empresa de segurança e transporte de valores Brink’s, atacou o batalhão da Polícia Militar e ateou fogo em diversos carros e até em um caminhão. Eles fugiram sem levar nada.
“Lamentavelmente ontem todos nós fomos surpreendidos com mais uma ação desses bandidos, com características de terroristas que atacaram aquela região Nordeste do Estado de Mato Grosso, a cidade de Confresa. Uma operação que o Brasil conhece já de algum tempo, no ano passado ocorreu no Paraná”, disse.
“Tomamos todas as medidas possíveis e as Forças de Segurança estão em busca desses bandidos. Ontem mesmo entrei em contato com os governadores de Goiás, Tocantins, Pará e hoje de manhã falei com o ministro Flávio Dino, pedindo a ele apoio da Força Aérea para se houver deslocamento atípico de aeronave na região, que isso possa ser detectado”, acrescentou.
Mendes ressaltou que os policiais do Estado vão usar todas as forças “possíveis e imagináveis” para capturar os bandidos.
“Pedi, inclusive, autorização para que o nosso Bope, que está na região, entrar nos estados vizinhos com o objetivo de localizar e prender todos aqueles bandidos que praticaram aquele ato terrorista na cidade de Confresa”, afirmou.
O governador ainda voltou a criticar a legislação penal brasileira. Segundo ele, apesar de haver forte investimento do Estado na Segurança Pública, não é suficiente para combater a impunidade.
“A lei brasileira para combater o crime no país é frouxa. Não está produzindo os efeitos que nós gostaríamos. Se olhar os últimos 30 anos no Brasil todos os indicadores de segurança pública pioraram”, afirmou.
“Isso mostra que o arcabouço legal, que todos os instrumentos jurídicos do Estado brasileiro, não estão sendo suficientes para combater o crime organizado e ele está aumentando”, pontuou.