CAMILA RIBEIRO – DA REDAÇÃO
A justiça converteu em preventiva a prisão em flagrante do investigador da Polícia Civil Mário Wilson Vieira Gonçalves , que matou o policial militar Thiago de Souza Ruiz, de 36 anos.
A decisão foi dada na tarde desta sexta-feira (28), pelo juiz Geraldo Fidélis durante audiência de custódia.
Thiago Ruiz foi executado em uma conveniência de um posto em frente à Praça 8 de Abril, em Cuiabá, na madrugada da última quinta (27).
O crime foi flagrado por câmeras de segurança do estabelecimento.
Na decisão, o magistrado pontuou o perigo de manter o autor do crime em liberdade e citou, ainda, o fato de o investigador ter efetuado diversos tiros contra a vítima mesmo em local público.
“Conclui-se que a ordem pública, que é a paz social, a tranquilidade cuja manutenção é um dos objetivos principais do Estado, será abalada se o autuado permanecer em liberdade, uma vez que a periculosidade concreta demonstrada pelo modus operandi empregado na prática delituosa revela a gravidade dos fatos”, consta em trecho da decisão.
“A gravidade dos fatos se revela através da sua forma de execução, mormente a ocorrência de diversos disparos de arma de fogo contra a vítima […] a existência de projéteis e estilhaços de vidro no local dos fatos, além da verificação, a ‘olho nú’, de perfurações no corpo da vítima. Frisa-se, mais de um disparo em local público!”, emendou o magistrado.
O juiz citou também que, enquanto policial civil, caberia ao autor do crime guardar pela segurança social e não atentar contra a vida de uma pessoa em local público.
“Dessa feita, a concessão de medidas cautelares ou ainda, da liberdade provisória com ou sem fiança, não seriam medidas eficazes à possível prática do odioso crime de em tela, posto que, repete-se, o modus operandi evidenciado nos depoimentos guardam extrema gravidade”.
Por fim, o magistrado determinou que o autor do crime seja encaminhado à unidade prisional de Chapada dos Guimarães para garantia de sua integridade física e psicológica, tendo em vista se tratar de um polical civil.
Morte de PM
As imagens do circuito interno de segurança da conveniência mostram a vítima e o autor do crime conversando em uma mesa, na companhia de mais um homem.
Em dado momento, Thiago levanta a camiseta, aparentemente, para mostrar uma cicatriz em seu corpo.
Neste momento, o policial civil pega a arma que estava na cintura do PM.
Um diálogo é iniciado entre ambos e, logo em seguida, a vítima tenta pegar sua arma de volta.
Eles iniciam uma briga e acabam caindo ao chão. Em seguida, Mário passa a efetuar alguns disparos.
A vítima foi atingida, chegou a ser levada a uma unidade de saúde, nas não resistiu.