quinta-feira, 12 de dezembro de 2024
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EM ALDEIA INDÍGENA

Diretor de escola e professores são indiciados por desvio de verba destinada à merenda

Os valores desviados foram repassados por meio de cheques assinados pelos investigados a parentes e pessoas próximas

A Polícia Civil de Mato Grosso indiciou o diretor e dois professores de uma escola em General Carneiro pelos crimes de peculato e associação criminosa.

Segundo a polícia, eles desviaram R$ 25,6 mil destinados à aquisição de merenda para estudantes indígenas da escola da Aldeia Sangradouro.

Eles foram identificados apenas pelas iniciais O.B.M., de 57 anos, A.T., de 44 anos, e P.P., de 43 anos.

O trio fazia parte da gestão da escola à época dos fatos e se associou para praticar os crimes.

A Polícia Civil apurou que os valores desviados foram repassados por meio de cheques assinados pelos investigados a parentes e pessoas próximas dos próprios autores do crime sem ter qualquer lastro e vínculo com a comunidade escolar.

Para validar e manter as emissões de cheques, que se destinavam à aquisição de merenda escolar, os indiciados confeccionaram atas, sem dar publicidade, para dar ar de legalidade aos atos.

Além disso, nas atas o novo diretor eleito da escola ficou impedido de ter acesso às decisões. Posteriormente, ele descobriu o esquema e denunciou à polícia.

Os investigados ficaram em silêncio em seus interrogatórios e depois divulgaram entre a aldeia e a comunidade escolar que as assinaturas nos respectivos cheques seriam falsas, na tentativa de se eximirem das responsabilidades e confundir as apurações da Polícia Civil.

Análises das prestações de contas feitas pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) apontaram as irregularidades graves, que geraram a instauração de Processo Administrativo Disciplinar.

O inquérito foi concluído neste mês de maio durante o mutirão da Delegacia Regional de Polícia de Barra do Garças para reduzir o acervo de procedimentos policiais, evitando a impunidade.

O caso foi relatado pelo delegado Joaquim Leitão Júnior.

“Não podemos admitir que verbas públicas destinadas à merendas escolar sejam desviadas, por quem que seja”, comentou.

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