THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO
Preso em flagrante durante a quarta fase da Operação Curare, o empresário Douglas Castro afirmou em depoimento à Polícia Federal que quebrou o celular por medo de sua esposa descobrir conversas com outras mulheres.
A quarta fase da ação, deflagrada no dia 20 abril, investiga um esquema que teria desviado R$ 3 milhões da Secretaria de Saúde de Cuiabá.
Douglas Castro foi flagrado quebrando o celular durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na casa dele. Ele foi solto quatro dias depois por decisão do Tribunal Regional Federal, 1ª Região (TRF-1).
“No momento que ouviu os policiais federais anunciando a presença se assustou, razão pela qual resolveu quebrar o aparelho de telefone celular; que o casamento do conduzido já não anda bem e o motivo para isso é o aparelho celular”, diz trecho do depoimento divulgado nesta segunda-feira (15) pelo site MidiaNews.
“Que se desesperou com medo de vazar para sua esposa alguma conversa com outras mulheres e realizou a quebra do aparelho celular; que esta em tentativa de reconciliação; que não se recorda a duração do tempo entre o anúncio da Policia Federal e a quebra do aparelho celular”, diz outro trecho.
“Que dispensou o aparelho celular no vaso sanitário; Que quebra do aparelho celular não se deu em conta de outra investigação; Que foi um momento de burrice; Que não passou o aparelho celular para nenhum de seus filhos”, consta em outro trecho.
Os agentes chegaram a quebrar a privada, mas o aparelho não foi encontrado.
A operação
Além do empresário, também foi alvo da ação o ex-secretário-adjunto da Saúde, Milton Correa da Costa Neto.
No total, os agentes cumpriram quatro mandados de busca e apreensão em Cuiabá e Chapada dos Guimarães, além da efetivação de medidas de sequestro de bens, direitos e valores dos alvos.
Como se apurou nas fases anteriores da operação, um grupo empresarial, que fornece serviços à Secretaria Municipal de Saúde, manteve-se à frente dos serviços públicos mediante o pagamento de vantagens indevidas.
Com o aprofundamento das investigações, apurou-se que uma das empresas era controlada, através de interposta pessoa, por Milton Correa.
As diligências demonstraram ainda que recursos do grupo empresarial, oriundos, em última instância, dos cofres municipais, foram empregados na aquisição de uma aeronave.
O avião se envolveu em um acidente, quando supostamente estava em uso por pessoas ligadas ao ex-secretário.