quinta-feira, 12 de dezembro de 2024
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18 ANOS DE PRISÃO

Policial Militar é condenado por morte de jovem em Cuiabá, mas continuará solto

O homicídio de Adriele da Silva Muniz aconteceu em dezembro de 2016 na Avenida Isaac Póvoas

O policial militar Edivaldo Júnior Rodrigues Marques de Souza foi condenado a 18 anos de prisão pelo  homicídio qualificado da jovem Adriele da Silva Munis, que morreu há quase sete anos, em Cuiabá, com apenas 25 anos.

O júri popular ocorreu entre esta segunda (5) e terça-feira (6).

Apesar da condenação, os julgadores permitiram que o PM recorra da decisão em liberdade. Edivaldo nunca chegou a ser preso pelo crime.

Adriele foi atingida por um tiro nas costas, que perfurou o pulmão e o coração, quando estava em um veículo Palio voltando de uma festa no bairro Duque de Caxias com seu namorado e mais duas pessoas.

O veículo em que ela estava, descia pela Avenida Isaac Póvoas e antes de chegar à Avenida Tenente-coronel Duarte, o condutor colidiu na lateral dianteira de um Honda Fit e seguiu à frente do carro, cujo motorista fez três disparos contra o Pálio, antes de chegar ao cruzamento entre as duas vias.

Um dos disparos atingiu Adriele, que caiu no colo do namorado.

O motorista do Pálio correu em busca de socorro na Santa Casa, que não estava aberta e em seguida buscou o Pronto-Socorro de Cuiabá, onde a vítima morreu minutos depois de dar entrada na unidade.

Após quatro anos de diligências para confirmar a identidade do veículo que era conduzido pela pessoa que realizou os disparos, cruzamento de informações, análise de inúmeras câmeras de segurança, depoimentos e laudos, a equipe do delegado Caio Fernando Albuquerque, da DHPP, conseguiu fechar a linha de investigação e coletar provas que levaram ao policial militar como autor dos disparos.

Em um primeiro depoimento na delegacia, Edivaldo negou o crime.

Dias depois após o primeiro depoimento, porém, ele solicitou um novo interrogatório, onde confessou a autoria dos disparos, mas alegou que agiu em legítima defesa.

Ele declarou que atirou contra o carro onde estava Adriele porque sofreu uma tentativa de assalto.

Contudo, as provas coletadas comprovam que em momento algum as vítimas esboçaram qualquer ato que pusesse em perigo de vida o casal que estava no Honda Fit (investigado e sua namorada), assim como os ocupantes do Pálio não desceram do veículo durante o trajeto apurado.

Além do homicídio qualificado da jovem, o policial foi indiciado por tentativa de homicídio qualificado contra as outras três pessoas.

 

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