sexta-feira, 22 de novembro de 2024
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ASSASSINATO DE ADVOGADA

Vídeo mostra suspeito tentando convencer policiais de que crime foi acidental

Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48 anos, foi encontrada morta dentro de seu carro no Parque das Águas

THAIZA ASSUNÇÃO – DA REDAÇÃO 

Vídeo gravado por policiais civis da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) no momento da prisão do ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, de 49 anos, mostra ele tentando convencer a equipe de que a advogada Cristiane Castrillon, de 48, morreu de forma acidental.

Ela foi encontrada morta dentro de seu carro no Parque das Águas, em Cuiabá, no domingo (13).

No vídeo, ele aparece algemado na área da casa, no Bairro Santa Amália, e indica onde a vítima teria batido a cabeça e deixado sangue no chão.

Em seguida, ele leva os investigadores para o quarto e mostra outro local onde a advogada também teria batido a cabeça.

“Foram esses dois lugares, aqui e na sala. Na hora que ela foi levantar para pegar alguma coisa para beber, pegar cerveja”, disse o ex-PM.

Eles retornam para a área da casa e o delegado Marcel de Oliveira, titular da DHPP, questiona se o suspeito lavou o local.

“Eu não lavei nada não”, responde o ex-PM.

“Passou creolina? E esse cheiro de creolina na casa?”, questiona delegado.

“Aqui é negócio de banheiro, que põe e aí tem creolina. Não uso creolina. Nunca passei creolina, não”, responde Almir.

Veja o vídeo:

 

De acordo com o delegado Ricardo Franco, responsável pela investigação do crime, as provas indicam que acusado tentou eliminar os rastros de sangue deixados em seu quarto e em sua residência.

“O suspeito, quando cometeu o crime, limpou a casa toda. Tirou o edredom da cama, tirou o travesseiro. Estava tudo dentro da máquina de lavar, tudo molhado”, detalhou o delegado.

“Ainda assim, a perícia criminalística, com o uso do luminol, conseguiu rastrear o sangue na cama, o sangue nos móveis, até a retirada do corpo da vítima do local”, acrescentou, Franco.

Segundo o delegado, os exames necroscópicos apontaram várias lesões pelo corpo da vítima, demonstrando que ela foi espancada até a morte.

Ainda conforme Franco, possivelmente, o crime foi cometido por conta de algum desentendimento sexual entre o homem e a advogada. Os dois se conheceram no final de semana.

“Um crime brutal, um crime bárbaro. Um crime que entra na qualificadora do feminicídio por menosprezar a mulher, pela discriminação em face feminina. Ele queria o poder. Foi alguma coisa relacionada a parte sexual, que não foi consentido”, disse.

A suspeita é que o assassinato tenha ocorrido na madrugada de domingo e, depois disso, o ex-militar abandonou o corpo da vítima, dentro do carro dela, no Parque das Águas.

Almir foi preso em flagrante e autuado por feminicídio.

 

 

 

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