A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) afastou dois servidores efetivos investigadas pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) por supostas fraudes no Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Além do afastamento, foi aberto um processo administrativo disciplinar (PAD) para apurar responsabilidades dos servidores.
A investigação do Gaeco ocorre no âmbito da Operação Loki, deflagrada nesta quinta-feira (31) e que já é um desdobramento da Operação Polygonum.
As fraudes apontadas no inquérito teriam ocorrido antes de 2018.
Operação
Segundo as investigações, o esquema contaria com a participação de terceiros e de servidores públicos que se aproveitavam da função que exerciam na Sema para facilitar a aprovação de vistorias e pareceres em troca de vantagem financeira ilícita.
Segundo a delegada Alessandra Saturnino de Souza, o esquema consistia em aprovar Cadastros Ambientais com informações falsas e alterar a fitofisionomia vegetal.
Com isso, imóveis localizados em áreas de floresta amazônica podiam aumentar a área de desmatamentos em até 65% do imóvel.
PAD
Em nota, a secretária de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, disse que a pasta contribuiu com a operação por meio do compartilhamento de provas e informações necessárias às investigações do Ministério Público.
O PAD contra os servidores foi instaurado em razão da existência de indícios de autoria, prova de materialidade e viabilidade da aplicação de penalidade administrativa.