Jogadores do União de Rondonópolis acusaram o clube de atrasar o salário dos meses de junho e julho, em contrato que visava as partidas da Série D do Campeonato Brasileiro.
Ao site Olhar Esportivo, os atletas – cujo os nomes serão preservados – afirmaram que o pagamento está vencido há três meses.
Segundo eles, após a eliminação da competição, foram feitos acordos individuais entre o clube e os atletas, além de uma confissão de dívida.
Os atletas ainda relataram que há documentos apontando que os valores seriam quitados até o dia 10 de agosto, o que não ocorreu.
“Não queremos prejudicar o clube na justiça. Estamos sendo honestos e nada ainda. O que mais nos chateia são as desculpas”, declarou um dos jogadores.
Além do atraso salarial, os atletas afirmam que não receberam nenhum direito trabalhista depois da rescisão contratual.
Ao Globo Esporte, o presidente do clube, Reydner Souza, afirmou que existe um atraso de um mês e 24 dias, e que ainda não há previsão para quitar as dívidas relativas à folha salarial que gira em torno de R$ 380 mil.
Além disso, Reydner declarou estar esperando o repasse da segunda parcela, no valor de R$ 500 mil, da verba referente ao Projeto de Lei n° 963/2021 – “Mato Grosso Série A”, que contempla as equipes do estado na disputa de qualquer divisão do Campeonato Brasileiro. Os tramites do benefício estão dentro prazo.
“Fizemos um planejamento até o fim da Série D – [caso o time chegasse na decisão]. Contamos com o valor do Governo de Mato Grosso. Quando foi para receber o valor, havia uma penhora de R$ 480 mil, proveniente de um aluguel que era de R$ 15 mil na época, dívida referente a outras gestões”, pontuou o presidente.
O valor que o presidente estaria aguardando, foi bloqueado após notificação de uma ação cível de um aluguel de imóvel usado pelo União, em 2008. O clube busca destravar o dinheiro e sanar a situação.
“Travou o repasse do valor. Lutamos para podermos destravar e receber. Na semana retrasada conseguimos fazer o acordo no valor de R$ 350 mil. No entanto, a parcela do governo é de R$ 500 mil, ou seja, o recurso não dá para cobrir toda folha”, finalizou Reydner.
Do Olhar Esportivo